O leitor do Olhar Digital deve lembrar de quando, em novembro, noticiamos um teste onde a Rússia disparou um míssil contra um satélite desativado na órbita da Terra, em novembro. Bem, um satélite chinês quase se chocou com os destroços desse teste na última terça-feira (18), de acordo com a mídia estatal Global News.
Não é a primeira vez que isso acontece: em novembro de 2021 a Estação Espacial Internacional (ISS) entrou em alerta de colisão e direcionou todos os seus tripulantes para suas respectivas naves espaciais, a fim de que, se algo acontecesse, eles pudessem escapar rapidamente. A situação de emergência durou vários dias, mas a Rússia, como diz a expressão, “fez a egípcia”, dizendo que o teste não trouxe nenhum risco (vale lembrar que dois dos moradores da estação são russos).
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De acordo com o relato mais recente, destroços do satélite passaram a cerca de 14,5 metros (m) de distância de um satélite científico Tsinghua. Segundo especialistas ouvidos pelo Global Times, é raro dois artefatos em órbita passarem a meras dezenas de metros um do outro, o que constituiu, nessa situação, um risco de impacto “muito alto” e deveria, teoricamente, exigir o uso de manobras evasivas — isso, porém, não foi feito.
O teste executado pela Rússia buscou avaliar as capacidades do país de atingir um objeto no espaço com uma arma disparada da superfície da Terra. Esse objetivo foi completado com sucesso, mas a explosão gerou cerca de 1,5 mil destroços de variados tamanhos. São esses destroços que, hoje, giram junto à rotação da Terra e já ofereceram riscos a missões de outras agências espaciais.
Não é a primeira vez que a China tem uma “quase trombada” com objetos de outros países: ao final de 2021, a estação espacial chinesa – Tiangong – passou perto de um satélite da Starlink, a plataforma de internet oferecida pela SpaceX. Na ocasião, o governo chinês acusou o CEO Elon Musk de “promover um ambiente inseguro no espaço”.
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