A Agência Espacial Norte-Americana (Nasa) divulgou nesta sexta-feira (11) a primeira imagem feita pelo telescópio espacial James Webb (JWST) desde que ele foi enviado ao espaço, em 25 de dezembro. Capturada com uma câmera infravermelha chamada NIRCam, ela mostra a estrela HD 84406, a pouco mais de 258 anos-luz de nós, na constelação da Ursa Maior. 

A estrela foi escolhida pois fica em uma região do céu sem outras estrelas próximas que possam atrapalhar a delicada tarefa de calibração dos 18 segmentos individuais que juntos compõem o espelho principal do JWST. Como estes segmentos ainda não estão alinhados, a estrela aparece repetida 18 vezes na imagem, como abaixo.

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Mosaico de imagens da estrela HD84406 captadas pela NIRCam. A estrela aparece repetida 18 vezes, porque os espelhos não estão alinhados. As letras e números indicam qual segmento do espelho registrou cada parte da imagem. Imagem: Nasa

O telescópio também fez uma “selfie”  usando uma lente instalada dentro da NIRCam para ajudar no alinhamento do espelho. Apesar de fora de foco, a imagem abaixo mostra todos os segmentos, com um deles iluminado pela luz de uma estrela.

Selfie do espelho principal do James Webb. Um dos segmentos do espelho está brilhando pois está apontado diretamente para uma estrela.
Imagem: Nasa

“Toda a equipe do Webb está em êxtase com o quão bem os primeiros passos de obtenção de imagens e alinhamento do telescópio estão ocorrendo. Ficamos muito felizes em ver que a luz chega à NIRCam”, disse Marcia Rieke, pesquisadora principal do instrumento NIRCam e professora regente de astronomia da Universidade do Arizona.

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O NIRCam é o principal sensor do observatório. Ele foi selecionado intencionalmente para ser usado nas etapas iniciais de alinhamento do Webb porque possui um amplo campo de visão e a capacidade única de operar com segurança em temperaturas mais altas do que os outros instrumentos.

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Ele será usado em quase todas as etapas de alinhamento do telescópio, mas é importante notar que o NIRCam está operando muito acima de sua temperatura ideal enquanto captura essas imagens iniciais, e artefatos visuais podem ser vistos no mosaico. O impacto desses artefatos diminuirá significativamente à medida que o Webb se aproximar de sua temperatura operacional criogênica ideal.

No futuro, as imagens do Webb se tornarão mais claras, mais detalhadas e mais intrincadas à medida que seus outros três instrumentos chegarem às temperaturas operacionais criogênicas pretendidas e começarem a capturar dados. Espera-se que as primeiras imagens científicas sejam reveladas ao mundo em meados deste ano.

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