Tesla altera anúncios na Coreia do Sul após investigação sobre baterias

Após a KFTC apontar um erro no alcance da bateria de alguns veículos, a Tesla decidiu alterar os anúncios do Model 3 na Coreia do Sul
Por Gabriel Sérvio, editado por Karoline Albuquerque 18/02/2022 14h16, atualizada em 18/02/2022 15h35
Fachada da sede da Tesla no estado da Califórnia
Crédito editorial: askarim / Shutterstock.com
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Após a Comissão de Comércio Justo da Coreia do Sul (Korea Fair Trade Commission, ou KFTC) apontar um erro na capacidade de quilometragem de alguns veículos da Tesla, a montadora de carros elétricos decidiu alterar os anúncios do Model 3 divulgados na Coreia do Sul.

Agora, a página coreana da montadora diz que o sedã pode viajar 528 quilômetros totalmente carregado. A polêmica começou após as propagandas da empresa de Elon Musk indicarem que o Model 3 poderia superar essa marca.

Volante de um carro Tesla
Tesla alterou o alcance máximo do Model 3 em propagandas veiculadas na Coreia do Sul. Imagem: Christopher Lyzcen/Shutterstock

A Comissão de Comércio Justo do país enviou um relatório à fabricante de veículos elétricos destacando o “exagero na quilometragem” de alguns modelos (incluindo o Model 3). O que viola a chamada Lei de Rotulagem Justa, que regula os anúncios divulgados na Coreia do Sul.

Especialistas, inclusive, afirmaram que a maioria dos veículos elétricos pode sofrer com perda de autonomia em certas condições climáticas, como em temperaturas abaixo de zero, por exemplo. O que reforçou a tese da KTFC.

Por ora, segundo as autoridades, a empresa terá “a oportunidade de responder” à descoberta. Em seguida, será determinado até que ponto a montadora violou as regras para decidir “o nível das sanções” que serão aplicadas.

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Curiosamente, o site americano da Tesla ainda descreve o Model 3 com uma autonomia de “até 358 milhas de alcance estimado com uma única carga”. O que equivale a cerca de 576 km — quase 50 quilômetros acima do anunciado na Coreia do Sul.

Por fim, segundo analistas da indústria automotiva, a rotulagem do “driving range”, ou seja, a capacidade de alcance com carga completa, deve seguir as diretrizes específicas de cada país.

Via: Reuters

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Gabriel Sérvio é formado em Comunicação Social pelo Centro Universitário Geraldo Di Biase e faz parte da redação do Olhar Digital desde 2020.

Karoline Albuquerque é redator(a) no Olhar Digital