Na última semana, a Tesla foi notificada mais uma vez pela NHTSA (Administração Nacional de Segurança no Trânsito Rodoviário) para fazer um recall. Desta vez, foram 578.607 carros envolvidos na decisão do órgão que regula o trânsito nos Estados Unidos. O motivo: um recurso chamado “Boombox” que possibilitava aos motoristas substituírem o som de movimento do Tesla por sons aleatórios, desde música personalizada a berros de animais (como bodes e cabras) e, sim, sons de pum.

“A polícia da diversão nos fez agir assim”, respondeu a um seguidor no Twitter o sempre falastrão CEO Elon Musk, sobre o motivo do recall.

A alegação da NHTSA é que o Boombox viola as leis de segurança dos EUA que exigem que carros elétricos emitam sons de alerta para pedestres quando estejam a menos de 30 km/h. A Tesla argumentou, em resposta, que o recurso poderia “aumentar a visibilidade do veículo para os pedestres”. Isto é, segundo a montadora, o som de um pum em alto volume seria mais perceptível do que o ruído padrão de um Tesla.

Mas a NHTSA negou o apelo e, por conta disso, a empresa de Elon Musk concordou em bloquear o Boombox quando o carro estiver em marcha à ré, à frente ou em ponto morto.

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11º recall da Tesla em menos de quatro meses

Nos últimos meses, a Tesla enfrentou uma enxurrada de recalls. No mais recente, duas semanas atrás, a montadora convocou recall de cerca de 54 mil veículos nos Estados Unidos. Um recurso no software beta do FSD (Full Self Driving) permitia que os carros elétricos desobedecessem sinais de parada em cruzamento, um artifício obviamente considerado arriscado pela NHTSA.

Em resposta à questão, como no caso dos sons estapafúrdios como o pum, o CEO da Tesla minimizou os riscos. “Na verdade não havia problemas de segurança”, respondeu Elon Musk. “O carro simplesmente desacelerava para em torno de 3 km/h e continuava em frente se não houvesse outros veículos ou pedestres à frente.”

Em menos de quatro meses, o caso do Boombox possibilitou o 11º recall da Tesla, segundo a Bloomberg. Boa parte deles, no entanto, pôde ser feita por meio de atualizações over-the-air, ou seja, sem necessidade de encaminhar o automóvel a uma concessionária.

Via Business Insider

Imagem: Karesh777/Shutterstock

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