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Junto com o ítrio (Y), o érbio (Er) e o térbio (Tb), o Itérbio (Yb) é um dos quatro elementos da tabela periódica encontrados na mina Ytterby, no arquipélago de Estocolmo, na Suécia, há mais de 230 anos. Agora, astrônomos acreditam ter descoberto a origem desse elemento na Via Láctea.
Uma equipe de pesquisa liderada pela Universidade de Lund forneceu uma importante pista para a origem do itérbio no universo, indicando que o elemento pode surgir de explosões de supernovas. A pesquisa inovadora está em fase de pré-impressão e foi aceita para publicação no periódico científico Astronomy & Astrophysics.
De acordo com os cientistas, o mais interessante no itérbio é que o elemento pode ter duas origens cósmicas diferentes. Uma parte vem de estrelas pesadas com vidas curtas, enquanto outra surge de estrelas mais regulares, assim como o Sol, que produziriam itérbio nos estágios finais de suas vidas relativamente longas.
“Ao estudar estrelas formadas em diferentes épocas da Via Láctea, conseguimos investigar a rapidez com que a quantidade de itérbio aumentou na galáxia. O que conseguimos fazer foi adicionar estrelas relativamente jovens ao estudo”, diz Martin Montelius, pesquisador de astronomia da Universidade de Lund na época da pesquisa, e agora na Universidade de Groningen.
Especula-se que o itérbio foi lançado ao espaço por explosões de supernovas, ventos estelares e nebulosas planetárias. Então, ele se acumulou em grandes nuvens espaciais das quais novas estrelas se formaram.
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Ao examinarem análises espectrais de alta qualidade de cerca de 30 estrelas nas proximidades do Sol, os pesquisadores conseguiram fornecer importante suporte experimental para a teoria da origem cósmica do itérbio.
“O instrumento que usamos é um espectrômetro supersensível que pode detectar luz infravermelha em alta resolução. Foi usado com dois telescópios no sul dos Estados Unidos, um no Arizona e outro no Texas”, revelou Montelius.
Uma vez que a análise do itérbio foi feita usando luz infravermelha, os pesquisadores explicam que agora será possível estudar grandes áreas da Via Láctea que estão escondidas sob uma poeira impenetrável, já que a luz infravermelha pode atravessar a poeira da mesma forma que a luz vermelha de um pôr-do-sol pode passar pela atmosfera da Terra.
“Nosso estudo abre a possibilidade de mapear extensas partes da Via Láctea que são inexploradas. Isso significa que poderemos comparar a história evolutiva em diferentes partes da galáxia”, conclui Rebecca Forsberg, doutoranda em astronomia na Universidade de Lund e membro da equipe.
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Esta post foi modificado pela última vez em 24 de fevereiro de 2022 10:49