Governo reduz IPI em 25%; medida impacta no preço de automóveis, eletrodomésticos e eletrônicos

Gabriel Sérvio28/02/2022 13h29, atualizada em 28/02/2022 13h31
Ilustração de imposto ao lado de uma bandeira do Brasil
sasirin pamai/Shutterstock
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Na última sexta-feira (25), o governo Bolsonaro confirmou um corte de 25% no IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados). O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirma que a novidade impulsionará a indústria nacional.

“A redução de 25% do IPI é um marco”, disse. “(O IPI) era uma estaca cravada na indústria brasileira”, acrescentou Guedes.

A iniciativa, contudo, não foi bem recebida pelos estados, que dependem de parte da arrecadação do IPI para reforçar as suas receitas. Como justificativa, os governos estaduais apontam que a mesma estratégia já foi tentada antes sem sucesso.

Imagem mostra uma pessoa colocando moedas em um cofre de porquinho.
Estratégia visa amenizar os efeitos da inflação no bolso dos brasileiros, declarou o Ministério da Economia. Imagem: Shutterstock

Para Guedes, mais de 300 mil empresas serão beneficiadas pela redução. O corte do IPI deve gerar R$ 467 bilhões no PIB (Produto Interno Bruto) e R$ 314 bilhões em investimentos nos próximos 15 anos, segundo estimativas da Secretaria de Comércio Exterior.

A medida, conforme o Ministério da Economia, seria uma forma de amenizar os efeitos da inflação no bolso da população. Segundo a Folha, o corte no IPI também é visto como resposta à pressão por cortes nos impostos atrelados aos combustíveis.

Exemplos de produtos que serão beneficiados como a mudança:

  • Micro-ondas (IPI cai de 35% para 26,25%);
  • Geladeiras (cai 15% para 11,25%);
  • Celular (15% para 11,25%);
  • Televisores (15% para 11,25%);

É previsto um corte de 18,5% no caso dos veículos. Já produtos à base de tabaco, como o cigarro, por exemplo, não vão sofrer alterações.

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No total, o impacto é calculado em torno de R$ 19,6 bilhões, quantia que será divida entre União, estados e municípios. O Comsefaz (Comitê dos Secretários Estaduais de Fazenda) já emitiu uma nota se posicionando contra a ideia. O comitê indica que a medida desequilibrará ainda mais os cofres dos estados e municípios.

“Os estados enfrentam grave crise fiscal desde 2014, estão longe de recuperar as receitas necessárias para prestar os serviços públicos com a qualidade que a população necessita”, conclui o comunicado do comitê.

Com informações da Folha.

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Gabriel Sérvio é formado em Comunicação Social pelo Centro Universitário Geraldo Di Biase e faz parte da redação do Olhar Digital desde 2020.