Uma das doenças erradicadas no Brasil pela vacina corre risco de retornar por conta da diminuição de crianças imunizadas. A poliomielite voltou a ter um registro em Israel, o primeiro desde a década de 90. A Organização Mundial de Saúde (OMS) já havia emitido comunicados reforçando a importância de ampliar a vacinação contra a doença.
No Brasil, a poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, não circula desde a década de 1990. No entanto, nos últimos 9 anos a cobertura vacinal caiu cerca de 30%, ficando abaixo do recomendado pela OMS. A cobertura vacinal contra a doença caiu de 96%, em 2012, para quase 68% em 2021, segundo dados do Ministério da Saúde.
Poliomielite no Brasil
O número é bem abaixo dos 95% recomendados pela OMS e podem colocar em risco a erradicação da doença em solo nacional. Além de Israel, foram confirmados novos casos da doença no Malauí. Ambos os países já haviam erradiacado a pólio.
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Segundo a Saúde, a poliomielite é uma doença contagiosa aguda causada por um vírus que vive no intestino, chamado poliovírus, que pode infectar crianças e adultos por meio do contato direto com fezes ou com secreções eliminadas pela boca das pessoas infectadas e provocar ou não paralisia. Nos casos graves, em que acontecem as paralisias musculares, os membros inferiores são os mais atingidos.
A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) explica que o esquema vacinal deve ser iniciado a partir dos 2 meses de vida, com mais duas doses aos 4 e 6 meses. Existem ainda reforços entre 15 e 18 meses e aos 5 anos de idade. A vacinação contra pólio no Brasil é gratuita e as vacinas para crianças são disponibilizadas pelo Sistema Único de Saúde.
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