Histórico! Solar Orbiter chega mais perto do que nunca do Sol

Por Flavia Correia, editado por Acsa Gomes 28/03/2022 11h15, atualizada em 29/03/2022 15h11
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No último sábado (26), a sonda Solar Orbiter, operada pela Agência Espacial Europeia (ESA) em parceria com a Nasa, chegou mais perto da coroa do Sol do que jamais esteve. Durante o ponto em sua órbita mais próximo da nossa estrela, conhecido como periélio, todos os dez instrumentos operaram simultaneamente, trabalhando juntos para coletar dados importantes e inéditos.

A espaçonave estava a menos de um terço da distância entre o Sol e a Terra. Os dez instrumentos a bordo da espaçonave são o Energetic Particle Detector (EPD), o Magnetometer (MAG), o Radio and Plasma Waves (RPW), o Solar Wind Plasma Analyzer (SWA), o Extreme Ultraviolet Imager (EUI), o Coronagraph (Metis), o Polarimetric e Helioseismic Imager (PHI), o Heliospheric Imager (SoloHI), o Spectral Imaging of the Coronal Environment (SPICE) e o X-ray Spectrometer/Telescope (STIX).

Desde que foi lançada pelo estágio superior Centaur do foguete Atlas V, da United Launch Alliance (ULA), em 9 de fevereiro de 2020, a Solar Orbiter tem viajado pelo espaço interplanetário em uma órbita heliocêntrica.

De acordo com o NasaSpaceFlight, a espaçonave precisa realizar várias manobras conhecidas como “assistência gravitacional” com a Terra e Vênus para atingir um periélio alvo de 0,28 UA (Unidades Astronômicas), sendo 1 UA a distância entre a Terra e o Sol.

Essas manobras também ajudam a aumentar a inclinação de sua órbita, permitindo que a sonda forneça as primeiras vistas das regiões polares desconhecidas do Sol. Durante sua missão primária, a inclinação orbital do Solar Orbiter aumentará de 0° para 24°.

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Dados e imagens do Sol obtidos pela Solar Orbiter devem ser divulgados em breve

Em 15 de junho de 2020, a Solar Orbiter fez sua primeira aproximação do Sol, quando seu periélio foi de 77 milhões de km. Durante esse primeiro periélio, as equipes da sonda testaram cada um dos seus dez instrumentos, criando imagens e coletando uma infinidade de dados sobre os processos únicos do Sol.

Durante o sobrevoo de sábado, a sonda chegou mais perto ainda, a 48 milhões de km da superfície solar – menos de um terço da distância entre o Sol e a Terra. A espaçonave, que cruzou a órbita de Mercúrio em 14 de março, passará por ela novamente no próximo dia 6, à medida que se afasta do Sol novamente. 

Foto de maior resolução já obtida da coroa e do disco solar.
Imagem: Equipe da ESA & NASA/Solar Orbiter/EUI; Processamento de dados: E. Kraaikamp (ROB)

Enquanto a sonda Solar Orbiter fazia sua jornada em direção ao periélio, ela passou por um local crucial no espaço interplanetário: a linha Terra-Sol, que marca o ponto médio entre o nosso planeta e sua estrela. À medida que a Solar Orbiter cruzava essa linha, seus instrumentos foram usados ​​para captar imagens de altíssima definição da superfície solar, em uma resolução sem precedentes, conforme noticiado pelo Olhar Digital.

Agora, os cientistas da missão passarão semanas vasculhando e analisando os dados e imagens coletados no último sábado, que são as mais próximas da superfície solar já obtidas e devem ser divulgadas em breve.

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Flavia Correia
Redator(a)

Jornalista formada pela Unitau (Taubaté-SP), com Especialização em Gramática. Já foi assessora parlamentar, agente de licitações e freelancer da revista Veja e do antigo site OiLondres, na Inglaterra.

Acsa Gomes
Redator(a)

Acsa Gomes é formada em Comunicação Social com ênfase em Jornalismo pela FAPCOM. Chegou ao Olhar Digital em 2020, como estagiária. Atualmente, faz parte do setor de Mídias Sociais.