GM e Honda anunciaram nesta terça-feira (5) uma parceria para desenvolver, a partir de 2027, uma família de carros elétricos – até que enfim! – acessíveis. A linha, que incluirá modelos do tipo SUV compacto, adotará uma nova plataforma global unificada e virá com baterias Ultium , que já equipa os elétricos de segunda geração da GM como o novo Equinox.

O acordo entre as duas montadoras prevê ainda o estabelecimento de um padrão internacional de qualidade, uniformizando componentes e processos para produção de baterias. A ideia é alcançar maior produtividade e economia de escala para carros elétricos.

publicidade

“Este é um passo fundamental para o cumprimento do nosso compromisso de alcançar a neutralidade em carbono de nossos produtos e operações globais até 2040 e eliminar as emissões dos automóveis nos EUA até 2035”, disse Mary Barra, CEO da GM, em comunicado à imprensa. “Trabalhando juntos, colocaremos pessoas ao redor do mundo a bordo de EVs mais rápido do que qualquer empresa alcançaria por conta própria.”

O presidente e CEO da Honda, Toshihiro Mibe, acredita que a produção de carros elétricos mais baratos é essencial para que a neutralidade global em carbono seja alcançada até 2050. “Esta nova família de EVs mais acessíveis se baseará neste relacionamento, elevando nosso poder de desenvolvimento e produção de veículos compactos de alta qualidade”, disse o executivo, também em comunicado à imprensa.

publicidade
Mary Barra, CEO da GM
Mary Barra, presidente da General Motors (Steve Fetch/GM)

Aposta em bateria de estado sólido

No plano, GM e Honda planejam viabilizar alternativas para as baterias de íon-lítio e, assim, reduzir seus custos de produção. A montadora americana já trabalha com a possibilidade de adotar as baterias de estado sólido em 2025, com a previsão de aumentar a média de autonomia de seus elétricos para entre 800 e 1.000 quilômetros. Já a Honda segue o mesmo caminho, avaliando-as como centro da política para EVs no futuro.

Mais densas do que as de íon-lítio, as baterias de estado sólido prometem maior alcance e retêm maior nível de energia, mantendo 90% da capacidade após em torno de 5 mil ciclos de recarga — para se ter uma ideia, as de íon-lítio já começam a desgastar depois de mil ciclos.

publicidade

América do Sul na mira

A CEO da GM mencionou ainda a possibilidade de tais carros elétricos virem para a América do Sul. Ela não cita o Brasil como destino, mas é bem provável que o país esteja entre um dos destinos da nova linha. “A GM e a Honda vão compartilhar o que tem de melhor em termos de tecnologia, design e manufatura para oferecer uma linha atrativa e mais acessível de veículos elétricos em escala global, incluindo nossos principais mercados na América do Norte, América do Sul e China”, ressaltou.

GM e Honda trabalham juntas há quase uma década. Em 2013, as companhias americana e japonesa iniciaram o desenvolvimento conjunto de um sistema de célula de combustível para o armazenamento de hidrogênio. Recentemente, a dupla também anunciou a construção de dois carros a bateria com a plataforma Ultium: o SUV elétrico Prologue e o primeiro elétrico da Acura, o ADX — este último contará com a mesma base do Cadillac Lyriq, inclusive.

publicidade

Leia mais:

Já assistiu aos nossos novos vídeos no YouTube? Inscreva-se no nosso canal!