Ataques virtuais a pequenas e médias empresas no Brasil crescem em até 140%

Empresa de segurança Kaspersky verifica crescimento de ataques com programas que visam roubar senhas de pequenas empresas
Por Lucas Berredo, editado por Acsa Gomes 22/06/2022 14h31, atualizada em 23/06/2022 20h32
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A empresa de segurança Kaspersky identificou um alto crescimento em ataques a pequenas e médias empresas no Brasil no último ano. Os pesquisadores verificaram que os bloqueios ao Trojan-PSW (Password Stealing Ware), um programa que visa roubo de senhas para garantir acesso a redes corporativas, tiveram um crescimento médio de 143% em 2021. O país foi o segundo mais afetado na América Latina por ataques deste tipo, atrás apenas do México.

Ataques a pequenas e médias empresas via internet também tornaram-se prevalentes. Neles, segundo a Kaspersky, os criminosos infectam sites com muitos acessos a partir de um programa que contamina os dispositivos dos leitores. Este explora vulnerabilidade em aplicativos populares como o Java e os pertencentes ao pacote Office, da Microsoft.

Quando têm sucesso, os criminosos assumem o controle do computador, as informações nele contidas e a rede da organização. No Brasil, de acordo com a Kaspersky, foram registrados mais de 2,6 milhões de bloqueios ao golpe — 72% a mais do que o Peru, o segundo país com maior número de ataques deste tipo na América Latina.

“Qualquer empresa — mesmo uma micro ou pequena — transfere mais dinheiro do que uma pessoa comum e isso faz delas alvos mais lucrativos”, explica o gerente-executivo da Kaspersky no Brasil, Roberto Rebouças. “O crescimento dos ataques reforça a realidade que os criminosos estão se voltando a essas organizações que normalmente não contam com um time de segurança.”

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Recomendações contra ataques

Para se proteger contra ataques deste tipo, a Kaspersky aconselha a pequenas e médias empresas que mantenham as atualizações em dia — todos os tipos de programas, como Adobe e Office, e sistemas operacionais (Windows, iOS e Android) —, tenham backup e treinem os funcionários. Segundo a empresa, na cadeia de cibersegurança, o funcionário é o elo mais fraco e os cibercriminosos exploram essas falhas, como uma senha fraca, por exemplo.

“Tocar uma empresa não é uma tarefa fácil e o dono precisa focar no seu negócio, sem negligenciar o futuro do seu sonho”, pontua Rebouças. “Por isso a otimização da segurança é a melhor saída. Há soluções que podem manter a proteção da empresa gastando apenas 15 minutos por semana de um profissional de TI por sua simplicidade.”

Crédito da imagem principal: Jijomathaidesigners/Shutterstock

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Redator(a)

Lucas Berredo é redator(a) no Olhar Digital

Acsa Gomes
Redator(a)

Acsa Gomes é formada em Comunicação Social com ênfase em Jornalismo pela FAPCOM. Chegou ao Olhar Digital em 2020, como estagiária. Atualmente, faz parte do setor de Mídias Sociais.