Conforme noticiado no início do mês pelo Olhar Digital, todos os planetas do Sistema Solar que são visíveis a olho nu aqui da Terra (Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno) estão aparecendo no céu ao mesmo tempo desde o dia 3. 

Imagem do céu na madrugada de 24 de junho de 2022, quando todos os planetas visíveis a olho nu aparecerão ao mesmo tempo no céu, tendo a Lua entre Marte e Júpiter. Imagem: Stellarium

No entanto, a melhor oportunidade para ver esse “alinhamento” será nesta sexta-feira (24), pouco antes do amanhecer (por volta das 5h05), quando os planetas estarão em brilho máximo.

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Embora apareçam enfileirados, os corpos não estarão tão próximos entre si para caracterizar uma conjunção planetária. De acordo com Marcelo Zurita, colunista do Olhar Digital, presidente da Associação Paraibana de Astronomia (APA) e diretor técnico da Rede Brasileira de Observação de Meteoros (Bramon), eles parecem “alinhados” no céu porque orbitam o Sol no mesmo plano da eclíptica, uma linha imaginária que define também o caminho aparente que é percorrido pela Terra ao redor da nossa estrela.

“O fato de estarem todos do mesmo lado do Sistema Solar permite que possam ser observados ao mesmo tempo”, explicou Zurita. De qualquer forma, é uma visão espetacular e bem rara. Segundo o site Space.com, a última vez que tal configuração pôde ser observada foi há 18 anos, em março de 2004. E a próxima oportunidade, só em 2040.

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De acordo com a National Geographic, os observadores do hemisfério Sul e próximos aos trópicos terão as melhores visualizações. Recomenda-se buscar uma visão desobstruída do horizonte leste entre meia e uma hora antes do nascer do Sol em sua região.

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Para identificar os planetas, os espectadores podem se guiar pela Lua. Na sexta-feira, ela estará perto de Urano e parecerá estar exatamente na metade da distância entre Marte e Vênus, com quem terá um encontro bem próximo no domingo (26). Já na segunda-feira (27), nosso satélite natural estará posicionado rente a Mercúrio.

Mesmo sendo possível de se enxergar a olho nu, o espetáculo fica ainda mais interessante se observado com binóculos e telescópios. Ao mirar para Júpiter, por exemplo, o observador poderá ver as quatro maiores luas no entorno do planeta. Pequenos telescópios permitirão observar as faixas de nuvens de Júpiter e até os famosos anéis de Saturno.

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