Um artigo publicado no Journal of Power Sources descreve um estudo desenvolvido por engenheiros da Universidade de Binghamton, nos Estados Unidos, que sugere uma forma alternativa de geração de energia. Eles criaram uma biobateria contendo diferentes espécies de bactérias, que, juntas, capturam a luz solar e produzem eletricidade.

O dispositivo faz parte de uma longa série de projetos do professor Seokheun Choi, que vem experimentando baterias de papel baseadas em bactérias há anos. Sua linha conta com baterias em forma de caixas de fósforos, estrelas ninja e até mesmo um tecido elástico. 

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Seokheun Choi, da Universidade de Binghamton, com uma de suas biobaterias anteriores, no formato de estreja ninja. Imagem: Jonathan Cohen – Universidade de Binghamton

As bactérias geralmente usadas para esses dispositivos geram eletricidade como subproduto de sua respiração, alimentação, salivação ou transpiração.

No novo estudo, a equipe empilhou câmaras contendo bactérias distintas distribuídas em três camadas. A camada superior abriga bactérias fotossintéticas que ganham sua energia a partir da luz solar, produzindo moléculas orgânicas que alimentam os organismos nas camadas inferiores. As bactérias na camada final geram eletricidade ao ingerir esses nutrientes, auxiliado por alguns produtos químicos produzidos pelas bactérias na camada do meio.

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Foram testadas algumas versões antes de chegar a essa configuração, até os cientistas desenvolverem o protótipo final de 3 cm2, capaz de gerar eletricidade por semanas de cada vez. 

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Isso pode torná-los úteis para o funcionamento de pequenos sensores ou eletrônicos em áreas remotas, sem supervisão humana. A versão atual da biobateria não produz uma enorme quantidade de eletricidade, mas a equipe diz que a produção poderia ser aumentada adicionando mais unidades.

Segundo os criadores do dispositivo, versões futuras podem ser capazes de flutuar na água e se autoconsertar em caso de danificação.

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