Um grupo de 15 ex-funcionários da Tesla está processando a empresa por não impedir o racismo em sua fábrica de Fremont, na Califórnia, nos Estados Unidos. Os trabalhadores apontam que estavam sujeitos a assédio racial, insultos racistas e comentários depreciativos no local de trabalho.  

Na denúncia, os funcionários relatam que alguns colegas de equipe frequentemente usavam termos racistas e discriminatórios. Além disso, os denunciantes ainda apontam que a Tesla não removia grafites racistas presentes nas paredes dos banheiros, bancos e armários da empresa.  

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Entre os termos rabiscados, estavam “KKK”, sigla que faz alusão a Ku Klux Kan, uma organização norte-americana que se pauta pelo supremacismo branco. Também existiam desenhos de suásticas, símbolo que ficou conhecido como a marca registrada do nazismo.  

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O processo aponta que a administração da montadora de carros elétricos de Elon Musk participou dos assédios e “ignorou reclamações e denúncias repetidas”. Alguns ex-funcionários chegam a afirmar que sofreram retaliação por denunciarem os casos de racismo.  

Nathaniel Aziel Gonsalves, que trabalhou na Tesla por 9 anos, disse ter sido demitido repentinamente após denunciar continuamente a discriminação racial presente na empresa. Outros colaboradores apontam que tiveram promoções negadas com base na raça.  

Showroom da Tesla em Cambridge, na Inglaterra
Imagem: George Monie/Shutterstock

Essas não são as primeiras denúncias de racismo na Tesla, a empresa está sendo investigada pelo Departamento de Emprego Justo e Habitação da Califórnia, que considera a fábrica de Fremont um “ambiente racialmente segregado, onde trabalhadores negros são submetidos a insultos raciais e são discriminados”.  

A montadora também é alvo de uma investigação da Comissão de Oportunidades Iguais de Emprego dos Estados Unidos. 

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