Avariadas pela crise dos semicondutores e pela crescente inflação nos Estados Unidos, as startups Rivian e Arrival anunciaram no início da semana planos de reestruturação interna, sugerindo possíveis demissões.

Segundo informações da Reuters, o CEO da Rivian, RJ Scaringe, enviou aos funcionários na noite da segunda-feira (11) um e-mail alertando sobre uma reunião na sexta-feira para discutir possíveis demissões. Além disso, Scaringe revelou que a Rivian planeja suspender uma série de programas internos como parte da reestruturação da empresa.

Segundo o executivo, a startup começou a “avaliar o tamanho e a estrutura” das equipes e será “o mais ponderada possível ao considerar quaisquer reduções” no número de funcionários.

No fim do primeiro trimestre, a Rivian disse ter mais de US$ 16 bilhões (R$ 87 bilhões) em caixa, além de dinheiro suficiente para abrir uma segunda fábrica nos EUA em 2025. Desta forma, as demissões parecem uma medida de precaução para manter a operação enxuta nos próximos anos.

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A startup anglo-americana Arrival também planeja ajustes internos para concluir a produção da sua primeira van ainda em 2022. Em comunicado na terça-feira (12), a jovem companhia propõe uma “reorganização dos negócios em resposta ao ambiente econômico desafiador”.

“Os planos incluem um realinhamento da organização para entregar prioridades de negócios até o fim de 2023, utilizando principalmente os US$ 500 milhões em caixa”, diz o texto. “A proposta da Arrival inclui redução de 30% nos custos de toda a organização e prevê impacto de até 30% dos funcionários ao redor do mundo.”

Arrival Bus
Arrival/Divulgação

Apesar da omissão da palavra “demissões”, fica claro pelo teor da mensagem que em torno de um terço da equipe da Arrival sentirá um impacto negativo nos próximos meses. A empresa compartilhará mais detalhes da nova estratégia no dia 11 de agosto, quando irá divulgar os resultados do segundo semestre em teleconferência.

Com informações do Electrek e Reuters

*Crédito da imagem principal: Rivian/Divulgação

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