Uma água-viva muito diferente foi gravada por um mergulhador na costa de Papua Nova Guiné, na Oceania, em dezembro do ano passado. A princípio, ela foi categorizada como pertencente à espécie Chirodectes maculatus, considerada extremamente rara.

Vista pela primeira vez em 1997 por uma equipe de cientistas na Grande Barreira de Corais, na Austrália, essa espécie de água-viva foi classificada em 2005. 

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“Vi um novo tipo de água-viva enquanto mergulhava hoje. Tem marcas legais, é um pouco maior que uma bola de futebol e nada muito rápido”, relatou o mergulhador Dorian Borcherds, em seu perfil no Facebook.

Em mais de 20 anos de experiência mergulhando naquelas águas, ele nunca tinha visto nada parecido. Então, pediu ajuda à filha, a bióloga marinha Lisa-ann Gershwin, do Australian Marine Stinger Advisory Service. “Minha filha criou um aplicativo de água-viva. Então, ela carregou a gravação para o aplicativo e, em meia hora, eu tinha uma especialista em água-viva muito animada no telefone”.

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Lisa-ann explicou em entrevista ao site ABC News que, a princípio, pensou que fosse a mesma espécie de água-viva capturada na Grande Barreira de Corais há 25 anos. 

Lisa-ann Gershwin, bióloga marinha do Australian Marine Stinger Advisory Service, é uma das maiores especialistas em água-viva do mundo. Imagem: Arquivo pessoal via ABC

Ela publicou um artigo com a descrição do organismo, classificando-o como um Chirodectes maculatus, mas agora está convencida de que os espécimes flagrados em 1997 e em 2021 não pertencem à mesma espécie.

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Em estreita colaboração com o Museu de Queensland em Brisbane, onde o animal anterior está armazenado, Lisa-ann descobriu diferenças que separam as duas criaturas. “Eles me enviaram o vídeo e eu fui capaz de passar por ele quadro a quadro. Comparamos as duas águas-vivas e concluí que a filmada na Papua-Nova Guiné é uma nova espécie desconhecida”.

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Ela ainda está para formalizar suas descobertas em um artigo a ser revisado por pares. “Uma nova espécie é considerada como uma hipótese, ela tem que ser testada. Não é tecnicamente descoberta até que tenha sido formalmente nomeada e classificada”, explicou a bióloga, que é uma das maiores especialistas em água-viva no mundo. “Estou sendo muito meticulosa, pois estava envolvida na reclassificação da espécie original, então quero estar mais do que certa”.

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