Após alguns anos de prosperidade, o mercado de tecnologia e jogos vem sofrendo uma forte recessão e desaceleração econômica, com uma previsão de encolhimento em 1,2% na indústria para este ano. No entanto, algumas empresas estão conseguindo contornar a situação, caso da EA.

Uma reportagem do site Protocol trouxe alguns detalhes das estratégias da EA em meio à queda financeira da indústria dos jogos. A principal medida que preserva o contexto positivo da empresa seria o investimento mais forte nos jogos para celulares. Em 2021, a desenvolvedora gastou cerca de US$ 4 bilhões (aproximadamente R$ 20 bilhões) nessa área.

Imagem: Reprodução/Eletronic Arts
Imagem: Reprodução/Eletronic Arts

Enquanto outras empresas como a Take-Two e a Microsoft também procuram avançar no mercado mobile, a EA lançou jogos e produtos de famosas franquias para os dispositivos móveis, como FIFA e Apex Legends. De acordo com Jeff Karp, chefe de divisão de jogos mobile da EA, a posição atual da desenvolvedora se coloca em um momento de prosperar, não apenas enfrentar o contexto desfavorável da indústria.

“Diante dos tempos desafiadores e sem precedentes que estamos enfrentando… Acho que isso coloca a EA muito bem posicionada na força da marca em jogos”, afirma Karp. “É algo que continuaremos a construir no futuro”, completou.

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Com isso, os investimentos da EA nos jogos mobile estão conectados com a transição da empresa para jogos de serviço ao vivo. O termo serve para os games que recebem constantemente atualizações e adições de novos conteúdos após os seus lançamentos, com o objetivo de manter os jogadores utilizando o produto por um bom tempo.

E o último trimestre da EA indica os efeitos dessa transição. Enquanto concorrentes sofrem com quedas financeiras, as vendas e o lucro da EA aumentaram e a empresa possui, no momento, quase 600 milhões de contas de jogadores ativos.

“Estamos animados sobre nossa posição. Sem dúvida, os tempos atuais favorecem empresas como a EA, que possui marcas e propriedades intelectuais bem definidas”, disse Karp. “Estamos bem posicionados porque temos que olhar não apenas para a aquisição de usuários, mas também como podemos impulsionar nossas marcas e IPs”, complementou.

Nesse sentido, a EA faz uma abordagem de pegar suas marcas populares e expandir em novos cantos além do mercado de consoles. Por esse motivo, os jogos de serviço ao vivo se tornaram uma indispensável fonte de lucro na EA e segundo o diretor financeiro da empresa, Chris Suh, tais produtos representam mais de 70% dos negócios internos.

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Contudo, a EA também procura ser mais cautelosa nas práticas de monetização, algo que marcou negativamente alguns jogos da empresa como “Star Wars Battlefront 2” e “Battlefield 2042”. Enquanto há essa transição de console para celulares, as estratégias não devem seguir um caminho de microtransações agressivas e isso é um tópico em que a EA busca equilibrar.

Recentemente, o CEO da EA, Andrew Wilson, rebateu as especulações sobre uma possível venda da distribuidora. Segundo ele, a empresa “está a caminho de se tornar a maior desenvolvedora e publisher autônoma de entretenimento interativo do planeta”.

A reportagem completa da Protocol pode ser conferida aqui.

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