Uma equipe de cientistas da Universidade de Cambridge emitiu um alerta para a revista Nature declarando que as autoridades globais têm uma noção equivocada das chances de ocorrer uma erupção gigantesca e, por conta disso, a humanidade não está devidamente preparada para enfrentar as suas consequências.

Segundo os pesquisadores, que compõem o Centro para o Estudo de Risco Existencial (CSER), o risco de uma erupção em larga escala é muito maior do que a chance de um asteroide atingir o planeta. No entanto, centenas de milhões de dólares são gastos anualmente no combate a ameaças espaciais, enquanto há um grave subfinanciamento de projetos de preparação para erupções.

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“Isso precisa mudar urgentemente. Estamos subestimando completamente o risco que os vulcões representam para as nossas sociedades”, afirma Lara Milani, especialista em riscos globais. “Tais erupções gigantescas causaram mudanças climáticas abruptas e colapso de civilizações no passado distante”.

As chances de uma erupção gigante

Uma série de análises de núcleos de gelo sobre a frequência de erupções ao longo do tempo aponta para a alta chance de uma erupção de magnitude 7 nos próximos 100 anos.

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Dados coletados de núcleos de gelo sobre a frequência de erupções ao longo do tempo sugerem que há uma chance em seis de uma explosão de magnitude sete nos próximos cem anos. Isso é um lançamento de dados. 

A última erupção de magnitude 7 foi a do Krakatoa, na Indonésia, em 1883.

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Consequências devastadoras

A erupção do Krakatoa teve uma potência 13 mil vezes maior que a bomba atômica que atingiu Hiroshima em 1945. Cerca de 100 mil pessoas morreram localmente e as temperaturas globais caíram um grau em média, arruinando colheitas ao redor do mundo e trazendo consequências como a fome, epidemias e revoltas violentas, no que ficou conhecido como “o ano sem verão”.

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Segundo os pesquisadores, se não houver prevenção adequada, uma futura erupção de escala 7 poderia causar prejuízos globais de vários trilhões de dólares.

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