Depois do presidente russo, Vladimir Putin, deixar claro que está disposto a fazer um ataque nuclear na guerra contra a Ucrânia, o governo ucraniano declarou que considera altas as chances de seus adversários utilizarem armamento atômico no conflito. A principal motivação seria a perda de territórios conquistados pela Rússia e o apoio de países do ocidente aos ucranianos.

A escala das ameaças russas aumentou na medida em que tropas da Ucrânia reconquistaram partes de seu território perdido em uma ofensiva surpresa. O fato, fez Putin convocar reservistas (até o momento o exército utilizava apenas soldados profissionais), o que causou uma onda de pânico no país, com muitos russos tentando ir para nações vizinhas.

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Diante o cenário crítico, o presidente russo dobrou sua aposta em armas nucleares e disse que está disposto a utilizar quaisquer meios para manter a soberania de seu território. A anexação, ainda que contestada pelo ocidente, de territórios ucranianos por parte da Rússia, pode abrir um pretexto para uma escalada no conflito.

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“Os ataques nucleares provavelmente atingirão locais ao longo da linha de frente onde há grande número de pessoal e equipamentos, bem como centros de comando e infraestrutura crítica. Para detê-los, precisamos não só de sistemas antiaéreos, mas também de antimísseis”, declarou o porta-voz do ministério da defesa ucraniano, Vadim Skibistki.

O porta-voz se refere à ilha da Cobra, uma pequena porção de terra ao oeste da Ucrânia que virou símbolo da resistência ucraniana e da colaboração com o ocidente. O território foi reconquistado utilizando mísseis balísticos e drones da Otan, que não estavam em posse dos ucranianos antes da guerra.

Já o ex-presidente russo Dmitri Medvedev, aliado de Putin, não acredita que o ocidente vá revidar aos ataques, pois não quer um “apocalipse nuclear”. O fato é que as tensões crescentes aumentam a preocupação com uma escalada violenta e perigosa.

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