Foguete japonês falha durante lançamento de satélite e se autodestrói

Por Flavia Correia, editado por Acsa Gomes 12/10/2022 12h43, atualizada em 13/10/2022 14h09
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Um foguete modelo Epsilon, construído e gerenciado pela Agência de Exploração Aeroespacial do Japão (JAXA), decolou do Centro Espacial de Uchinoura, em Kagoshima, às 21h50 (horário de Brasília) de terça-feira (11), já 9h50 da manhã desta quarta (12) pelo horário local, em uma missão chamada Innovative Satellite Technology Demonstration 3 (Demonstração Inovadora de Tecnologia de Satélite 3, em tradução livre).

Embora tudo tenha saído, inicialmente, conforme o planejado, o lançamento fracassou no começo da terceira etapa do procedimento, levando à ordem de autodestruição enviada ao foguete dez minutos após a decolagem, em razão de “anomalias de posicionamento”, segundo Yasuhiro Funo, diretor do projeto na JAXA.

Momento da autoexplosão provocada pelo foguete Epsilon-6, do Japão. Imagem: JAXA

Em entrevista coletiva concedida logo após o episódio, Funo explicou que um problema técnico foi detectado no momento em que o último propulsor estava prestes a ser acionado. “Ativamos a ordem de autodestruição do foguete, porque se não conseguíssemos colocá-lo na órbita pretendida, não saberíamos para onde iria”. Como consequência, pedaços do foguete caíram no mar, a leste das Filipinas.

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Hiroshi Yamakawa, presidente da JAXA, pediu desculpas pelo infortúnio, revelando que a agência estava “extremamente triste” por não ter conseguido atender às expectativas do povo japonês.

Segundo o site de notícias japonês NHK, essa foi a primeira falha do foguete Epsilon, de 24 metros de altura, que estava na terceira missão dedicada ao programa de demonstração de tecnologia de satélites e no sexto voo na contagem geral (cada voo utilizando um modelo distinto do veículo, sendo este último o Epsilon-6).

Ainda de acordo com a publicação, o principal satélite que o foguete estava transportando era o RAISE 3, uma espaçonave de 110 kg embalada com sete cargas de teste de tecnologia.

Essas cargas incluíam dois propulsores experimentais, um dos quais foi projetado para usar água como combustível; uma “vela de arrasto” desorbitadora; uma estrutura geradora de energia implantável que também pode servir como antena; tecnologia de telecomunicações; um receptor de software de alta velocidade e uma unidade de processamento gráfico comercial. Cinco pequenos cubesats também voavam como cargas de carona.

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Flavia Correia
Redator(a)

Jornalista formada pela Unitau (Taubaté-SP), com Especialização em Gramática. Já foi assessora parlamentar, agente de licitações e freelancer da revista Veja e do antigo site OiLondres, na Inglaterra.

Acsa Gomes
Redator(a)

Acsa Gomes é formada em Comunicação Social com ênfase em Jornalismo pela FAPCOM. Chegou ao Olhar Digital em 2020, como estagiária. Atualmente, faz parte do setor de Mídias Sociais.