Cientistas verificaram um novo fator destrutivo na camada de ozônio: as erupções solares. Apesar de desencadearem shows espetaculares no céu noturno, como as auroras, essas erupções degradam a camada que circunda a Terra. As partículas carregadas de plasma emitidas pelo Sol abriram um buraco de quase 400 quilômetros de largura na camada de ozônio, e logo abaixo dele se formou uma aurora isolada.

A correlação das auroras boreais nesse aspecto era pouco até então. A maior parte do ozônio desapareceu em cerca de uma hora e meia. Em um comunicado, os pesquisadores do estudo disseram que não esperavam que quase tanto ozônio se degradasse durante esse fenômeno.

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Auroras isoladas de prótons podem não ser tão chamativas quanto aquelas que aparecem no norte ou no sul do globo, mas ainda são visíveis ao olho humano. Um ataque de plasma liberado pelo Sol traz íons e elétrons altamente energizados. Essas partículas ficam presas nos cinturões de radiação van Allen, que impedem as partículas de bombardear a Terra diretamente e transformá-lo em um deserto destruído pelo Sol como Marte.

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Imagem: O gráfico mostra o caminho das partículas de alta energia e como elas podem criar buracos localizados na camada de ozônio da Terra, ao mesmo tempo em que desencadeiam auroras. Créditos: Universidade Kanazawa

As partículas que chegam ao cinturão de radiação interior podem mexer com a atmosfera da Terra quando entram em contato com o campo magnético terrestre. Os óxidos de nitrogênio e hidrogênio são liberados pelas interações das partículas solares com a atmosfera e esgotam o ozônio. Felizmente, essa situação só vale para a camada de ozônio na mesosfera, que se recupera mais rápido do que o restante. A estratosfera – a parte da camada de ozônio mais afetada pela atividade humana-, por exemplo, tem uma recuperação mais lenta.

Os pesquisadores de um estudo declararam que as auroras isoladas de prótons afetam a Terra de outras formas, como a conexão entre o clima espacial e o sistema climático. Mudanças no clima espacial podem causar falhas em satélites e na infraestrutura elétrica, além disso partículas carregadas são um perigo para os astronautas. Com essas novas descobertas, os cientistas poderão prever flutuações no clima espacial que poderiam possivelmente afetar a atmosfera do planeta.

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