O Twitter é uma das redes sociais mais famosas da atualidade e pode-se dizer que também é umas das mais longevas. Apesar de ser muito utilizada por certos nichos da sociedade, a plataforma resiste firmemente à ação do tempo e ainda é conhecida por ser a rede social mais rápida, que traz as informações em primeira mão. 

No entanto, o ano de 2022 não tem sido amigável com a plataforma e parece que isso não vai mudar tão cedo. Em abril deste ano, Elon Musk, o homem mais rico do mundo, tornou-se o maior acionista individual da companhia com 9,2% das ações. 

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O feito fez com que diversas pessoas abrissem os olhos para acompanhar o começo de uma novela que não teria fim. No mês seguinte, Musk anunciou a intenção de comprar a rede social, mas logo desistiu e desencadeou uma briga judicial, que culminou no cumprimento do acordo inicial no segundo semestre do ano.

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Elon Musk assumiu o posto de comando do Twitter no final de outubro e, em poucos dias, parece ter colocado a plataforma como um de seus focos principais, o que pode não estar gerando bons frutos. 

Afinal, o que o homem mais rico do mundo e dono da SpaceX e Tesla vai querer com o Twitter? A pergunta é difícil de ser respondida, já que Elon Musk é uma das figuras empresariais mais imprevisíveis da atualidade. 

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A importância do Twitter para Elon Musk 

Antes de ser dono da plataforma, Musk sempre foi um assíduo usuário e chegou a usar suas postagens para manipular o mercado. Suas publicações já foram responsáveis por influenciar as ações de suas empresas, mas também por supervalorizar novas criptomoedas

Agora, como dono, especula-se que ele tem a intenção de transformar o Twitter em um super aplicativo, como o WeChat na China. Aparentemente, o passarinho azul seria a ponte de criação do “X”, o super app ocidental, que poderá contar com diversas ferramentas, desde carteira digital até serviços de entrega. 

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Imagem: Shutterstock

No entanto, esse futuro parece bem distante, já que Musk começou sua empreitada no Twitter com ações um tanto quanto questionáveis, como a venda dos selos de verificação, símbolo que, em um passado recente, significava a credibilidade e a autenticidade de uma conta. 

Parece mais que Elon Musk está empenhado em destruir o Twitter e começou sua ação com o pé direito, afastando diversos usuários e até mesmo anunciantes da plataforma. 

Talvez essa seja sua estratégia para começar a construção do super app, fazendo a rede atual ser abandonada para, futuramente, ser reestruturada. 

O começo do fim 

O Twitter nunca foi uma das redes sociais mais badaladas, que até mesmo sua mãe ou avó acessam. A plataforma ocupa mais um lugar de nicho, abrigando diversas camadas da sociedade, principalmente aqueles que gostam de notícias rápidas ou que acompanham todas as polêmicas que acontecem no mundo. 

O Twitter também é o mundo do “cancelamento”, das torcidas de reality show e dos debates políticos. A rede social ganhou fama por ser onde as pessoas podiam desabafar sem pensar muito nas consequências. 

Porém, a chegada de Musk parece atrapalhar um pouco dessa paixão dos usuários do Twitter. Aparentemente, o empresário representa tudo aquilo que os mais assíduos “twitteiros” detestam: alguém que quer controlar a forma que os outros se expressam. 

É impossível dizer se Elon Musk está preocupado com as críticas, mas parece que ele não está disposto a fazer algo para agradar seus usuários, pelo menos a curto prazo. 

O bilionário chegou a afirmar que o Twitter vai ter “muitas coisas estúpidas nos próximos meses”. “Vamos manter o que funciona e mudar o que não funciona.”

Mas a questão é: vai permanecer o que funciona para o usuário ou para o dono da rede social? 

Apesar dessas questões, é importante lembrar que Elon Musk é um empresário muito bem sucedido, logo, não vai gastar dinheiro à toa, mas ele ainda precisa aprender a entender a vontade dos usuários, pois o mercado das redes sociais não tem tanta relação com a venda de carros elétricos ou criação de foguetes para popular Marte

Montagem de Elon Musk ao lado de túmulo do Twitter
Imagem: Reprodução/Redes Sociais

Caso se negue a ouvir os seus clientes do Twitter, podemos dizer que a era Elon Musk será marcada pelo começo do fim da rede social.

A plataforma vai acabar? Não sabemos, mas temos exemplos claros de que as redes sociais caem em desuso e são facilmente substituíveis, principalmente quando um empresário teimoso insiste em só fazer suas vontades, vide o Facebook sob comando de Mark Zuckerberg. 

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