Na noite de sexta-feira (18), a cápsula Orion, da missão Artemis 1, estava a quase 350 mil km da Terra e a cerca de 150 mil km da Lua, quando obteve a primeira visão do nosso satélite natural, destino de sua viagem.

Uma câmera posicionada em um dos painéis solares da espaçonave, que cruzava o espaço a mais de 1,6 mil km/h, gravou um vídeo desse momento tão especial da missão, divulgado pela NASA no Twitter.

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“No terceiro dia da missão Artemis I, Orion manobrou seus painéis solares e capturou a Lua com uma câmera montada na extremidade da matriz”, diz o tweet.

O vídeo é a mais recente vista incrível da espaçonave, que é equipada com 24 câmeras espalhadas ao longo de seu exterior, painéis solares e interior para registrar cada detalhe de seu voo de teste.

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Antes dessas imagens, o registro mais impressionante veio logo nas primeiras horas após o lançamento, quando a cápsula Orion capturou a Terra ficando para trás enquanto se dirigia à Lua. 

Na próxima segunda-feira (21), Artemis 1 fará seu sobrevoo mais próximo da Lua. Esse momento histórico será transmitido ao vivo pela NASA TV, a partir das 9h15 (pelo horário de Brasília). Segundo os planos da missão, a espaçonave vai chegar até 100 km de distância do astro no momento de maior aproximação, aguardado para as 9h57.

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Ao chegar à Lua, o Módulo de Serviço Europeu, projetado e implantado na Orion pela Agência Espacial Europeia (ESA), será usado para realizar uma manobra que utilizará a gravidade lunar para permitir que a espaçonave entre na chamada “órbita retrógrada distante” na Lua. 

“Retrógrada” se refere ao fato de que a cápsula vai girar em torno da Lua no sentido oposto ao que o astro orbita a Terra. E “distante” significa, na prática, que Orion alcançará 64 mil km além do nosso satélite natural, o que representa o ponto mais longe no espaço profundo que uma espaçonave de tripulação já esteve até hoje.

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Depois de cerca de seis dias nessa órbita, a cápsula retornará para o ponto mais próximo da Lua, a 100 km de altitude, de onde é possível observar as características distintas da superfície lunar, incluindo suas crateras de impacto. Então, ela usará esse sobrevoo próximo para usar a força gravitacional da Lua para acelerar de volta à Terra. 

No caminho, ela vai descartar o módulo de serviço, para reentrar na atmosfera a 40.200 km/h. Nesse momento, a cápsula vai experimentar temperaturas de quase 2.800 graus Celsius, estando protegida pelo maior escudo térmico do mundo (com cinco metros de diâmetro).

Após a reentrada segura, serão acionados os paraquedas, para garantir um mergulho preciso no Oceano Pacífico, na costa da Califórnia, representando o teste final da espaçonave.

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