As redes sociais estão presentes na vida de uma grande parcela da população mundial e, com o passar do anos, a tendência é que as plataformas se modifiquem e evoluam, ou então, acabem ficando no passado, como MSN, Orkut, Fotolog, Formspring e tantas outras.
E é muito difícil explicar qual o momento exato em que uma rede social acaba se tornando obsoleta ou substituível. Provavelmente você se lembra da troca do Orkut pelo Facebook e não consegue falar o que te levou a migrar de plataforma, além do fato de seus amigos também terem feito o mesmo.
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Outro exemplo claro de abandono é o próprio Facebook, afinal, os mais jovens já nem mesmo utilizam a rede social da Meta, preferindo criar perfis no Instagram ou até mesmo no TikTok.
Crise no Twitter
Atualmente, também estamos acompanhando uma grave crise de uma plataforma que, talvez, signifique o início do seu fim. A chegada de Elon Musk ao comando do Twitter fez muitos usuários procurarem por outras redes sociais.
O principal motivo para a debandada de usuários são as atitudes do bilionário. Em menos de um mês como novo chefe, Musk passou a vender os selos de verificação e cancelou o banimento de Donald Trump da rede social.
Com isso, outras plataformas ganharam grande popularidade. Este é o caso do Mastodon e da indiana Koo, que também são redes de microblog, e demonstram como o apego à uma rede social pode ser frágil.
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Em entrevista ao Olhar Digital, Edney “InterNey” Souza, professor de marketing de produto da ESPM, disse que não acredita que o Twitter esteja chegando ao fim, apenas que a rede social está enfrentando uma crise por conta das decisões de Musk.
“No pior cenário possível, o Elon Musk percebe que é mimado, mas não é estúpido e que não sabe gerenciar uma plataforma de rede social e coloca outra pessoa no lugar para não perder o investimento que fez”, afirmou.
Para Interney, quando essa mudança acontecer, consequentemente haverá recontratação de pessoas, um retorno da confiança de investidores e anunciantes e os usuários voltam a ficar viciados na plataforma do passarinho azul.
Arthur Igreja, especialista em Tecnologia e Inovação, ressaltou que Elon Musk não é o único culpado pela crise que o Twitter está enfrentando, mas ele é o grande responsável já que é o elemento novo. “O Twitter carrega uma crise de longo prazo”, disse.
Fim das redes sociais?
Apesar do Twitter estar em pauta no momento, ele não é a única rede social que enfrenta problemas com seus usuários. O Facebook, por exemplo, perdeu parte do seu público, principalmente os mais novos.
O Instagram também vem procurando maneiras de se reinventar para inibir a ida de seus usuários para o TikTok. A plataforma chegou a criar um novo recurso para imitar o concorrente chinês.
Será que estamos então chegando em um novo fim das redes sociais? É tempo de reinventar ou surgir novas plataformas?
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Igreja apontou que é muito fácil saber quando uma rede social está chegando ao seu fim. “É só acompanhar anunciantes, receita e usuários. A rede social começa a ser deixada de lado por usuários, influenciadores e por marcas”, explicou.
A humanidade precisa de novas redes sociais?
Como já dito, as redes sociais tendem a ser facilmente substituíveis e já fomos usuários de diversas plataformas diferentes, algumas que foram só abandonadas e outras que nem mesmo existem mais.
No entanto, novas redes sociais surgem a todo momento ou acabam se popularizando de repente. Vide as diversas novas concorrentes do Twitter, incluindo a ‘Blue Sky’, feita pelo próprio Jack Dorsey, co-fundador do Twitter.
“O mundo não precisa de uma nova rede social, inclusive não precisa de várias redes sociais que estão por aí”, afirmou Interney. O professor contou que, apesar de serem usadas como diversão, as redes sociais consomem um grande tempo da vida das pessoas e, muitas vezes, esse tempo não se torna algo produtivo.
![Menina dança em frente ao celular para TikTok](https://img.odcdn.com.br/wp-content/uploads/2022/09/tiktok-assistir-video-1024x682.jpg)
“Eu acho que as pessoas têm o direito a gastar tempo com besteira. Criar e consumir besteira. É saudável relaxar a cabeça, mas isso não pode ser a maior parte da nossa vida como as redes sociais tem feito.”
Interney explicou que as redes sociais ainda são fenômenos novos na sociedade e muitas pessoas não sabem como lidar com elas. E a crise vivida no Twitter pode ajudar as pessoas a refletirem sobre isso.
“Talvez ainda haja novos espaços para redes sociais com novos modelos e propostas mais educativas e construtivas, algo que participe da sociedade de forma mais eficiente”, concluiu.
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