Sempre que o céu noturno está livre de nuvens, vimos inúmeros pontos brilhantes. Entre planetas, meteoros, cometas e estrelas, a visão que temos é sempre muito bela. Mas, quais serão as estrelas que mais brilham?

Imagem: NASA images – Shutterstock

Escala de medição do quão brilhante é uma estrela

A medição do brilho de um corpo celeste é realizada por meio de uma escala de magnitude. Os astrônomos trabalham com dois tipos de escala: a magnitude aparente (também chamada de magnitude visual) e a absoluta.

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A magnitude aparente é calculada com base na luminosidade intrínseca do objeto, distância e outros fatores que podem reduzir seu brilho. Quanto menor o valor, mais brilhante o objeto. Corpos com magnitudes aparentes negativas são muito brilhantes.

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Enquanto isso, a magnitude absoluta é o cálculo da magnitude aparente caso o objeto estivesse a uma distância de 10 parsecs. Exemplo: o Sol tem magnitude aparente de -26,7, sendo assim o corpo mais brilhante visto da Terra. Mas, se ele estivesse a 10 parsecs de distância de nós, sua magnitude aparente seria de 4,7 – esta é sua magnitude absoluta, que mostra aos astrônomos o verdadeiro brilho (intrínseco) das estrelas.

Confira as estrelas mais brilhantes que podemos ver

O Sol é a estrela mais brilhante do nosso céu, mas, se consideradas apenas aquelas que podem ser vistas à noite, Sirius assume a liderança. Imagem: Hengky Fernandes – Shutterstock
  1. Sol: O Sol é a estrela mais brilhante que podemos ver da Terra, com base na magnitude aparente. Mas há astrônomos que descartam o Sol por considerarem apenas as estrelas observáveis à noite. Dessa forma, Sirius passa a ser a estrela mais brilhante.
  2. Sirius: A estrela Sirius é considerada, simultaneamente, a segunda estrela mais brilhante e a mais brilhante do céu noturno. Ela possui magnitude aparente de -1,46 e é visível em todo o planeta. Localiza-se na constelação de Cão Maior, sendo a estrela Alfa. Ela está a 8,6 anos-luz da Terra.
  3. Canopus: Canopus – chamada também de brilhante Canopeia ou Alpha Carinae – é a terceira da lista, brilhando com magnitude visual de -0,74 na constelação de Carina, contudo, é mais visível do Hemisfério Sul. Ela é a que está mais distante de nós: fica a 310 anos-luz do Sol.
  4. Alpha Centauri: A Alpha Centauri é bem conhecida e é a quarta mais brilhante em nosso céu noturno. Ela está mais perto (4,4 anos-luz da Terra), mas é mais fraca – magnitude visual de -0,1. Localiza-se na Constelação de Centaurus e, por estar no céu meridional, só é possível ser vista acima da latitude 29º Norte. Uma curiosidade sobre Alpha Centauri é que, na verdade, ela é formada por três estrelas.
  5. Arcturus: ou Arturo é a quinta estrela mais brilhante e está na constelação de Bootes. Tem magnitude aparente de -0,05 e pode ser vista melhor no céu invernal do Hemisfério Norte. A gigante laranja está a 37 anos-luz daqui.
  6. Vega: Em sexto lugar, Vega brilha na constelação setentrional de Lira, estando ainda no asterismo Triângulo de Verão. Há 25 anos-luz de nosso Sistema Solar, ela apresenta 0,03 de magnitude. Para observações visuais, ela é usada como ponto zero e, para observações mais avançadas, usa-se sistema de calibração elaborado.
  7. Capella: Em sétimo lugar, está Capella, visível do Hemisfério Norte durante quase todo o ano. É a mais brilhante da constelação Auriga. Está a 43 anos-luz de nós e é composta por duas binárias amarelas.

Dificuldades na medição das magnitudes

Três fatores dificultam a medição e ordem exatas das estrelas. A primeira é a tecnologia dos telescópios, que aprimoraram nossa visão e começaram a mostrar que o olho humano se enganou quando achávamos que não havia estrelas duplas e sistemas estelares múltiplos. Assim, existe a magnitude combinada, que, como o nome sugere, combina as magnitudes das estrelas múltiplas.

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As várias tecnologias medem as magnitudes de formas diferentes. Assim, por meio de diferentes comprimentos de onda, há vários sistemas de magnitude possíveis, que consequentemente mudam os valores de magnitude aparente e a classificação das estrelas mais brilhantes.

Por fim, há estrelas, como Betelgeuse e Antares, que têm magnitudes diferenciadas ao longo dos dias, meses e anos. Portanto, para achar sua magnitude aparente, precisa-se calcular a média do período.

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Com informações de Starwalk

Imagem destacada: Ed Connor/Shutterstock

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