Algumas simulações de como os objetos do sistema solar se formaram têm sido bem satisfatórias para a compreensão de eventos que aconteceram há bilhões de anos atrás. Nesse sentido, com as técnicas usuais é mais simples identificar sua origem dos planetas gasosos, no entanto existe uma extrema dificuldade nos rochosos, principalmente Mercúrio.

Agora, um novo estudo publicado no arXiv pontua que para entender a formação dos planetas rochosos é preciso colocar os gigantes gasosos na equação. Mas mesmo assim Mercúrio continua muito estranho.

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  • Mercúrio é o planeta menos massivo do sistema solar e mais próximo do Sol
  • Mercúrio tem o maior núcleo quando comparado ao tamanho do seu raio 
  • Maior núcleo geralmente significa um planeta maior, no entanto Mercúrio não respeita isso 

Os astrônomos investigaram diversas possibilidades para que isso pudesse acontecer e uma delas parece bastante plausível.

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Como Mercúrio se formou

Na origem do sistema solar, ao invés de todos os planetas, existia um único disco protoplanetário de gás e poeira e dezenas de protoplanetas que viriam a colidir e fundir para formar objetos maiores. Os astrônomos acreditam que a borda interna do disco de poeira e gás provavelmente estava sem muita matéria para a formação de planetas. 

Outro fator que pode ter influenciado o tamanho de Mercúrio é a posição em que os gigantes gasosos estavam. Os planetas gasosos provavelmente se formaram em locais diferentes de onde atualmente estão orbitando. Enquanto eles migravam pelo sistema solar, o disco interno se desestabilizou e removeu ainda mais material.

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A partir disso, os protoplanetas restantes na borda interna do disco de gás e poeira teriam se chocado frequentemente. Isso resultou em uma grande quantidade de metais pesados que vieram a formar Mercúrio.  

As simulações dessas situações conseguiram demonstrar de forma bem sucedida o tamanho do núcleo de Mercúrio, mas a massa total do planeta ainda continua muito diferente da realidade, geralmente duas a quatro vezes mais massiva. 

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Para solucionar esse problemas os pesquisadores acreditam que também é preciso prestar atenção nas propriedades químicas dos discos na origem do sistema solar. Segundo os astrônomos, entender como os grãos de poeira se juntam e sobrevivem em ambientes de alta radiação, podem ajudar a entender a formação de Mercúrio.

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