Prós
  • Novo design é mais minimalista
  • A tela Dynamic AMOLED 2X é impressionante
  • Bateria aumentou e autonomia também
  • Fotos são excelentes em todas as situações
  • One UI continua a melhor interface para Android
Contras
  • Carregar com 45 watts não é o mais veloz
  • Câmeras não evoluíram

O Galaxy S23+ é um dos modelos lançados pela Samsung com alguma mudança externa em 2023, ao menos para celulares que não dobram e são renovados no primeiro semestre do ano. Ele apresenta poucas mudanças quando comparado ao modelo anterior, dando espaço para um visual capaz de aproximar este smartphone do Galaxy S23 Ultra.

Enquanto o Galaxy S23 Ultra que já testamos foca seu trabalho no melhor do mundo Android, com os números mais impressionantes e toda capacidade na fotografia, o Galaxy S23+ é aquele celular que o maior número de pessoas comprará. Ele é competente, entrega desempenho de sobra e é bonito. A questão que fica é: vale a pena?

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Eu passei as últimas semanas com ele no meu bolso, sem nenhum outro celular e te conto minha experiência nos próximos parágrafos.

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Galaxy S23+ está mais Galaxy S23 Ultra

Desde a criação da variante Ultra, a Samsung trouxe muito dos Galaxy Note para os S e isso inclui um visual mais quadrado. Os Galaxy S22 e agora os S23 pegam carona em um acabamento menos reto, só que nesta geração as curvas são mais fechadas. Traduzindo este devaneio todo: o Galaxy S23+ está mais quadrado que antes, mas ainda longe do que temos no modelo mais caro de sua família.

Galaxy S23+ (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Galaxy S23+ (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Eu gosto de celular mais quadrado, sabe. Curvas para as laterais tornam o dispositivo mais propenso aos escorregões da vida. Você pode reclamar que ângulo reto tem um toque mais agressivo (o que não é mentira), mas você usará uma capinha e nem sentirá, sabe.

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Uma grande mudança está nas câmeras, que abandonaram o degrau que nasceu com o Galaxy S21 e no Galaxy S23+ as lentes estão exatamente como são as do modelo Ultra. Esta é uma redução no uso de metal e decisão capaz de realçar este local na traseira, seja pelo componente grande, alto ou então pelo reflexo que o aro dele faz. Gostei.

Galaxy S23+ (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Galaxy S23+ (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

De resto, em peso, largura, espessura e altura, o Galaxy S23+ é praticamente uma cópia do S22+. Um ponto importante está no incremento da bateria, mesmo com espessura inalterada. Parabéns, Samsung!

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A tela continua um Dynamic AMOLED 2X com 120 Hz, com mais brilho que na geração passada e agora tem vidro mais resistente. Ele ainda risca no seu bolso, mas talvez este problema precisará de mais tempo para dar as caras no Galaxy S23+.

A reprodução de conteúdo continua a melhor possível, é praticamente impossível encontrar tela no mercado que seja melhor do que o AMOLED com tempero da Samsung. Cores são extremamente precisas, ângulos de visão muito generosos e o brilho é alto o suficiente para usar o celular em qualquer condição. Não é de hoje que a linha Galaxy S tem o melhor display do mercado e ela continua assim.+

Galaxy S23+ (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Galaxy S23+ (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Você quer números? Então vamos lá: a tela do Galaxy S23+ chega até 1.750 nits de brilho, contra 1.200 da geração passada. Isso faz diferença quando você está em um local aberto, com luz solar de meio-dia e sem nuvem ou sombra.

As mesmas ótimas câmeras

Se por fora o Galaxy S23+ chama atenção por trocar um visual mais arredondado por quadrado e as lentes traseiras estão mais chamativas, por dentro a situação das câmeras não é animadora e muito menos desanimadora. Nele, temos o mesmo conjunto de componentes encontrados no Galaxy S22+.

Galaxy S23+ (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Galaxy S23+ (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Isso significa sensor principal com 50 megapixelss, secundário de 10 megapixels para lente teleobjetiva e um de 12 megapixels para ultrawide. Ao menos as selfies passam de 10 para 12 megapixels. Outro incremento aparece em vídeos, com o Galaxy S23+ conseguindo gravar até 8K com 30 quadros por segundo e câmera lenta de 960 fps em 1080p (antes era 720p).

Foto com a câmera principal do Galaxy S23+ (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto com a câmera principal do Galaxy S23+ (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto com a câmera principal do Galaxy S23+ (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto com a câmera principal do Galaxy S23+ (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Olhando para os resultados, não é difícil ficar impressionado. O sensor principal dificilmente erra no foco (agradeça ao sistema de foco dual-pixel) e consegue controlar o ruído com facilidade. A reprodução de cores está dentro do esperado para um topo de linha e no Galaxy S23+ segue a máxima de sensor de 50 megapixels agrupando quatro pixels em um só, para um arquivo de 12,5 megapixels.

Foto com a câmera principal do Galaxy S23+ (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto com a câmera principal do Galaxy S23+ (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto com a câmera principal do Galaxy S23+ (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto com a câmera principal do Galaxy S23+ (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Este uso permite mais luz entrando, enquanto segura a quantidade elevada de detalhes e não torna uma simples foto de suas férias pesar 20 MB na memória interna. Outro uso típico, agora da Samsung, é de cores mais saturadas do que o normal. Você pode aliviar o peso delas nos ajustes, mas a maioria dos usuários gosta de imagens vivas e elas são assim aqui – eu gosto também.

Foto com a câmera principal do Galaxy S23+ (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto com a câmera principal do Galaxy S23+ (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto com a lente teleobjetiva do Galaxy S23+ (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto com a lente teleobjetiva do Galaxy S23+ (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Em imagens com a lente teleobjetiva, saiba que a Samsung continua aumentando a resolução da foto. O sensor é de 10 megapixels e o arquivo final tem 12 megapixels, mas isso não resulta em problemas ou qualidade inferior. Detalhes estão preservados corretamente, as cores são representadas sem problemas e a aproximação de três vezes é uma mão na roda.

Foto com a lente ultrawide do Galaxy S23+ (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto com a lente ultrawide do Galaxy S23+ (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto com a câmera principal do Galaxy S23+ (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto com a câmera principal do Galaxy S23+ (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto com a lente teleobjetiva do Galaxy S23+ (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto com a lente teleobjetiva do Galaxy S23+ (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

A ultrawide também entrega bons resultados, mas como ela continua no Galaxy S23+ sem motor de foco, isso significa que as macros feitas com o Galaxy S23 Ultra são exclusivas dele. Por aqui você precisa usar aproximação óptica para ter um resultado mais próximo possível – e será inferior, sempre.

Foto com a lente ultrawide do Galaxy S23+ (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto com a lente ultrawide do Galaxy S23+ (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto com a câmera principal do Galaxy S23+ (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto com a câmera principal do Galaxy S23+ (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto com a lente teleobjetiva do Galaxy S23+ (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto com a lente teleobjetiva do Galaxy S23+ (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

De noite o Galaxy S23+ sabe bem lidar com baixa luminosidade e escolhe automaticamente se vai ligar o modo noturno, ou continuará com o HDR trabalhando. Em quase todas as experiências, a segunda opção foi a principal e eu gostei do que vi. Luzes não estavam tão estouradas assim e sombras mantiveram seus detalhes.

Foto com a lente ultrawide do Galaxy S23+ (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto com a lente ultrawide do Galaxy S23+ (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto com a câmera principal do Galaxy S23+ (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto com a câmera principal do Galaxy S23+ (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Você pode ligar o modo noturno manual, que adiciona dois ou três segundos de exposição e com isso as luzes são controladas de forma mais eficiente. A lente teleobjetiva tira mais proveito desta ferramenta, melhorando bastante o resultado.

Foto com a lente ultrawide do Galaxy S23+ (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto com a lente ultrawide do Galaxy S23+ (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto com a lente teleobjetiva do Galaxy S23+ (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto com a lente teleobjetiva do Galaxy S23+ (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Por fim, as selfies são ótimas para redes sociais. O incremento de resolução fez os detalhes aumentarem e isso é ótimo, indo até mesmo para partes bem pequenas do rosto, como cílios ou lábios.

Foto com a câmera frontal do Galaxy S23+ (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto com a câmera frontal do Galaxy S23+ (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Força de sobra no Snapdragon 8 Gen 2 especial

Por dentro, o Galaxy S23+ é o primeiro de sua linha com chip da Qualcomm para todos os países onde o celular é vendido. Ele conta com um Snapdragon 8 Gen 2 for Galaxy, que entrega processador turbinado com mais MHz e GPU também acelerada. Com isso o smartphone da Samsung terá desempenho superior ao de qualquer concorrente com este componente.

Como esperado de um topo de linha do ano corrente, o Galaxy S23+ é rápido e fluído, sem travar até mesmo durante jogos pesados. Nada engasga, nenhum app leva mais tempo do que um piscar de olhos para ser aberto. O problema é que o S22+ com chip Snapdragon também era tão veloz quanto, então se você vem dele, terá dificuldades para sentir a velocidade extra.

Galaxy S23+ (Imagem: reprodução)
Galaxy S23+ (Imagem: reprodução)

É um problema? Não, é apenas o esperado para um lançamento de ano seguinte de celular mais potente de uma marca. Já se foi o tempo que um smartphone novo tinha o dobro do desempenho (como do iPhone 3G para o 3GS), agora as melhorias são bem pontuais.

A One UI continua a melhor interface customizada para Android que eu já testei. Ela vai direto ao assunto, muda o que precisa e entrega experiência de uso semelhante em todos os celulares da Samsung. Isso faz uma pessoa sair de um Galaxy A22 e ir para o S23+ sem qualquer dificuldade.

Mais bateria é sempre ótimo

Neste ano a Samsung conseguiu aumentar a quantidade de energia na bateria do Galaxy S23+, chegando em 4.700 mAh e isso sem aumentar a espessura do aparelho – ela definitivamente aprendeu com o erro feito no Galaxy Note 7, lembra? A recarga continua com até 45 watts, o que é pouco para os tempos atuais de Realme com seus 240 watts, mas ainda assim é veloz.

Se na recarga o Galaxy S23+ não evoluiu, na autonomia ele cresceu bem. Eu consegui passar o dia inteiro com ele no bolso, sem nem lembrar da existência de algum carregador. Eu sinto que existem avanços tanto no lado da Samsung, como no da Qualcomm para fazer o aparelho durar dois dias com alguma folga.

Carregador vem na caixa do Galaxy S23+ (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Carregador vem na caixa do Galaxy S23+ (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Se você usa menos o celular, saiba que é possível começar a pensar em um terceiro dia de autonomia. No meu uso, tive duas horas de podcast, uma hora de jogo, três horas assistindo filme na Netflix em Full HD (em streaming, não de conteúdo baixado), junto de meia hora jogando Genshin: Impact e várias fotos para o review. Finalizei o primeiro dia com algo perto de 45% de carga sobrando.

Uau!

Galaxy S23+: vale a pena?

Você certamente leu até aqui e percebeu minha animação nas palavras, mas saiba que se você tem um Galaxy S22+ em mãos, não notará quase nada de tão bacana assim. O Galaxy S23+ continua tão bom, potente e faz as mesmas ótimas fotos do seu aparelho, deixando o upgrade um mero luxo sem qualquer justificativa plausível para acontecer – exceto se você tem dinheiro e quer gastar de qualquer forma.

Galaxy S23+ (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Galaxy S23+ (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

O Galaxy S23+ é um ótimo celular, o melhor para quem não quer gastar tanto num S23 Ultra, mas ele só faz sentido se você tem um aparelho com três anos de vida nas mãos. Este é um dilema de todas as marcas, pois a cada ano os celulares apresentados são menos empolgantes e evoluem cada vez em áreas menores.

Saiba que se você tem a grana e quer um dos melhores celulares, o Galaxy S23+ é ótimo. Se você tem um S22+, continue com ele e pense nisso até para um S21+ da vida. No Brasil a concorrência é escassa e a Samsung concorre com ela mesma, mas você pode colocá-lo na mesma cesta de um iPhone 14 Plus.

O modelo da Apple é melhor em alguns pontos, mas vai te deixar sem a lente teleobjetiva e a tela tem apenas 60 Hz. Se fotografar de longe é uma prioridade, vá de Galaxy S23+ e se não for, pense no iPhone 14 Plus. Ambos têm preço muito, mas muito semelhante – em alguns varejistas, o valor é o mesmo.

Galaxy S23+: ficha técnica

Tela:Dynamic AMOLED 2X de 6,6 polegadas
2.340 x 1.080 pixels
120 Hz
HDR10+
Brilho máximo de 1.750 nits
Processador:Qualcomm SM8550-AC Snapdragon 8 Gen 2 for Galaxy (4 nm)
Octa-core (1×3,36 GHz Cortex-X3, 2×2,8 GHz Cortex-A715, 2×2,8 GHz Cortex-A710, 3×2,0 GHz Cortex-A510)
GPU:Adreno 740
RAM:8 GB
Armazenamento:256 GB
512 GB
Câmeras traseiras:Principal: 50 MP f/1.8
Ultrawide: 12 MP f/2.4
Teleobjetiva: 10 MP f/2.4
Câmera frontal:12 MP f/2.2
Sistema Operacional:Android 13 com One UI 5.1
Conexões:Wi-Fi 6E (2,4 GHz e 5 GHz)
Bluetooth 5.3 (A2DP, LE)
USB-C (3.2)
NFC
GPS, GLONASS, BDS, GALILEO
Bateria:4.700 mAh
Carregamento rápido de 45 watts
Carregamento wireless de 15 watts
Carregamento reverso de 4,5 watts
Outros:Leitor de impressões digitais sob a tela (ultrassônico)
Dimensões:157,8 x 76,2 x 7,6 mm
Peso:196 gramas

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