Nesta quinta-feira (21), o Google anunciou o Google DeepMind, nova unidade composta pela equipe do DeepMind e do Google Brain, pertencente ao Google Research.

Em uma postagem no blog, o cofundador e CEO da DeepMind, Demis Hassabis, disse que o Google DeepMind funcionará “em estreita colaboração […] nas áreas de produtos do Google” para “fornecer pesquisa e produtos de IA”.

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Como parte da formação do Google DeepMind, a gigante das buscas diz que criará novo conselho científico para supervisionar o progresso da pesquisa e a direção da unidade, que será liderada por Koray Kavukcuoglu, vice-presidente de pesquisa do DeepMind.

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Eli Collins, vice-presidente de produto do Google Research, ingressará no Google DeepMind como vice-presidente de produto, enquanto o líder do Google Brain, Zoubin Ghahramani, se tornará membro da equipe de liderança de pesquisa da nova divisão, reportando-se a Kavukcuoglu.

Enquanto isso, Jeff Dean, um dos cofundadores do Google Brain, assumirá o papel elevado de cientista-chefe do Google Research e do Google DeepMind, reportando-se ao CEO do Google, Sundar Pichai.

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O Google Research continuará sendo divisão independente subordinada ao vice-presidente sênior de tecnologia e sociedade do Google, James Manyika, e se concentrará em “avanços fundamentais na ciência da computação em áreas, como algoritmos e teoria, privacidade e segurança, computação quântica, saúde, clima e sustentabilidade e IA responsável”.

Por meio do Google DeepMind, estamos reunindo nosso talento de classe mundial em IA com o poder de computação, infraestrutura e recursos para criar a próxima geração de inovações e produtos de IA no Google e no Alphabet, e fazer isso de maneira ousada e responsável. O trabalho que faremos agora como parte desta nova unidade combinada criará a próxima onda de inovações que mudarão o mundo.

Demis Hassabis, cofundador e CEO da DeepMind

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Histórico das empresas pilares do Google DeepMind

Hassabis fundou a DeepMind em 2010, com Shane Legg e Mustafa Suleyman, com o Google adquirindo a companhia em 2014 por US$ 500 milhões. O laboratório chegaria às manchetes várias vezes nos anos seguintes, desenvolvendo uma IA que pode derrotar jogadores profissionais de Go e prever estruturas de proteínas complexas.

O Google Brain foi formado um ano após o DeepMind, em 2011, como colaboração de pesquisa em meio período entre Dean, o pesquisador do Google, Greg Corrado, e o professor da Universidade de Stanford, Andrew Ng. Da mesma forma, realizou muito, criando ferramentas, como o TensorFlow, uma estrutura de criação de modelos de IA, bem como aprimoramentos no Google Tradutor.

Desde a aquisição, a DeepMind e a Google Brain trabalharam harmoniosamente juntas em sua maior parte – pelo menos do lado de fora. Ocasionalmente, houve conflitos entre a DeepMind e sua controladora corporativa, a Alphabet (também dona do Google).

Os gerentes seniores da DeepMind supostamente tentaram negociar por anos com o Google por mais autonomia, buscando estrutura legal independente para a pesquisa sensível que eles fazem. As negociações foram canceladas em maio de 2021.

A DeepMind também lutou para equilibrar suas despesas crescentes, que incluem a computação necessária para treinar modelos de IA massivos e alto número de funcionários (cerca de mil). A Alphabet foi forçada a cancelar quase £ 1,1 bilhão (US$ 1,5 bilhão) da dívida da DeepMind em 2019.

A DeepMind agora é lucrativa, registrando lucro modesto de £ 44 milhões (US$ 60 milhões) em 2020, acima de perda de £ 477 milhões (US$ 650 milhões) em 2019. Mas sua receita depende quase inteiramente do licenciamento de suas tecnologias para outros grupos da Alphabet, como a Waymo.

Recentemente, a DeepMind assumiu nova importância na Alphabet, à medida que a empresa busca derrotar rivais, como Microsoft e OpenAI, na corrida pela IA geradora de receita.

O The Information informou, no mês passado, que engenheiros de software do Google Brain estão trabalhando com funcionários da DeepMind para desenvolver software para competir com a OpenAI, conhecido como Gemini. Os recentes produtos de IA do Google, como o chatbot Bard, foram mal recebidos, fazendo com que as ações da Alphabet caíssem vertiginosamente.

O Google – ameaçado pela estreita colaboração da Microsoft com a OpenAI no Bing Chat – também está investindo recursos descomunais no Magi, coleção de novos recursos de pesquisa com presença de IA. A Magi tem força-tarefa dedicada de mais de 160 pessoas, recém-formada neste ano.

“Somos uma empresa que prioriza a IA desde 2016, porque vemos a IA como a maneira mais significativa de cumprir nossa missão”, escreveu Pichai em post no blog do Google. “O ritmo do progresso é agora mais rápido do que nunca. Para garantir o desenvolvimento ousado e responsável da IA geral, estamos criando o Google DeepMind para nos ajudar a construir sistemas mais capazes com mais segurança e responsabilidade.”

Com informações de TechCrunch

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