Você é um deles? IA “ganhou” quase quatro mil empregos em maio

Relatório da Challenger, Gray & Christmas indica aumento de quatro vezes na quantidade de demissões em relação a 2022 nos EUA
Rodrigo Mozelli05/06/2023 17h57
inteligência artificial
(Imagem: biancoblue/Freepik)
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Desde que a IA (inteligência artificial) começou a ficar mais esperta, as chances de uma pessoa perder seu emprego começou a ser cada vez maior. O custo e as capacidades (assustadoras) da tecnologia fazem com que empregadores e grandes indústrias as prefiram.

Pois, nos EUA, isso tem se mostrado mais latente. Um relatório da Challenger, Gray & Christmas, importante empresa de recolocação, mostrou que, de um total de 80 mil pessoas dispensadas no país, a IA forçou a demissão de 3,9 mil dessas em maio.

Leia mais:

  • A IA tornou-se o sétimo “vilão” citado por empregadores como razão para demissões;
  • Em comparação com abril, houve salto de 20% e, ante 2022, no mesmo período, houve quatro vezes mais demissões provocadas por IAs;
  • Relatório de março do banco Goldman Sachs indicou que usar a IA pode provocar 300 milhões de cortes de postos de trabalho em tempo integral, representando um quinto de todos os empregos disponíveis no planeta;
  • Empresas de comunicação, como o jornal The Washington Post e o portal CNET, já “contrataram” o ChatGPT para substituir jornalistas humanos.

O problema de o chatbot ter sido usado como redator foi que se detectou que o conteúdo era plágio, tendo sido necessária a reescrita por repórteres. Outro momento na qual a IA falhou grotescamente foi ao substituir humanos que haviam se sindicalizado e que trabalhavam em linha de ajuda para transtornos alimentares. O chatbot aconselhou dieta indigesta para usuários.

Com informações de CBS e Challenger, Gray & Christmas

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Rodrigo Mozelli é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP) e, atualmente, é redator do Olhar Digital.