Um ciclone causa ventos rápidos e tempestades, um anticiclone é o oposto disso, sendo caracterizado por zonas de alta pressão onde os ventos se movem mais devagar, fazendo com eles estejam geralmente associados a climas quentes e ensolarados, mas que facilmente podem se tornar ondas de calor

Isso ocorre porque a alta pressão empurra o ar para baixo, ao mesmo tempo que o aquece. No entanto, com as mudanças climáticas essas ondas de calor tem se tornado mais frequentes e extremas.

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É isso que tem acontecido na Europa agora, um anticiclone combinado com as mudanças climáticas e intensificado pelo El Niño, que durará por semanas, podendo causar a quebra de recordes de temperatura em muitas cidades, ultrapassando 40 °C em vários graus.

Além disso, os pesquisadores acreditam que o recorde de calor está prestes a ser quebrado. Atualmente a temperatura mais alta já registrada na Europa foi de 48 °C, em 10 de julho de 1977, em Atenas, na Grécia. 

De acordo com as observações feitas pelo radiômetro da missão Copernicus Sentinel-3 da Agência Espacial Europeia (ESA), no início da semana passada algumas regiões atingiram temperaturas da superfície de 45 °C, quando a onda de calor ainda nem estava em seu máximo.

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Ondas de calor e aquecimento global

Além de ser a mais quente, essa onda de calor que irá assolar a Europa nos próximos dias, também é a mais duradoura, seguindo um aumento de temperaturas em uma progressão que pesquisas anteriores já demonstraram. As mudanças climáticas também têm tornado esses eventos mais frequentes. Antes eles aconteciam uma vez na década, agora existe possibilidade de acontecerem uma vez a cada dois anos no sul da Europa.

No ano passado, uma onda de calor também atingiu o continente, tendo sido a causa da morte de pelo menos 60 mil pessoas. Neste ano, junho já foi o mais quente registrado e os primeiros sete dias de julho tiveram as mais altas temperaturas consecutivamente dos últimos 100 mil anos, tudo isso por causa da intensificação causada pelo aquecimento global.

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