Pesquisadores da Universidade Estadual do Arizona, nos Estados Unidos, concluíram que as ilhas de calor afetam mais as pessoas negras em comparação com as brancas. Usando dados de temperatura fornecidos pelo governo e o último censo realizado nos EUA, os cientistas descobriram que em quase todas as grandes áreas urbanas, os bairros com mais moradores negros possuíam maior número de ilhas de calor.

Os resultados surpreenderam até mesmo os autores do estudo, que encontraram essas disparidades em 169 das 175 maiores regiões metropolitanas dos Estados Unidos. “Eu esperava ver que as pessoas negras tinham uma exposição maior ao efeito da ilha de calor, talvez na maioria das cidades”, disse o professor de economia ambiental da Universidade Estadual do Arizona, Glenn Sheriff, ao Phys.org.

O que são ilhas de calor?

As ilhas de calor podem ser definidas como locais sem litoral, em geral, carregados de concreto, com pouca ou nenhuma área com grama natural, árvores ou arbustos. Por essas características, essas áreas costumam atrair e reter mais calor que as áreas mais arborizadas ou litorâneas. Essas ilhas têm sido usadas pelos pesquisadores como um substituto para a exposição ao calor extremo para fins de pesquisa.

“A física por trás da ilha de calor urbana significa que os maiores aumentos de temperatura ocorrem nas partes centrais das áreas urbanas”, disse Ken Kunel, cientista sênior da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional, que não fez parte do estudo.

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Pessoas que vivem próximo a ilhas de calor podem enfrentar dias mais quentes, noites com menor resfriamento e ar mais poluído. Essas condições podem contribuir para mortes e doenças relacionadas ao calor, como derrames, dificuldade respiratória, câimbras e exaustão.

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