Worldcoin: pessoas fazem filas para cadastrar seus olhos em troca de criptomoedas

Após o lançamento, o projeto Worldcoin, de Sam Altman, juntou clientes em todo o mundo para realizar o cadastro biométrico de íris
Por William Schendes, editado por Bruno Capozzi 25/07/2023 15h59
Biometria Olhos
(Imagem: MaximP/ Shutterstock)
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O projeto cripto Worldcoin, desenvolvido por Sam Altman, CEO da OpenAI, lançou na última segunda-feira (24), o World ID. O serviço é descrito como um “passaporte digital” para garantir que o usuário tenha uma identidade digital única.

Nesta terça-feira (25), pessoas de todo o mundo realizaram o cadastro de suas íris em troca de Worldcoins, a criptomoeda de mesmo nome do projeto.

Leia mais:

Como funciona o projeto Worldcoin

  • O projeto visa assegurar que as pessoas que usam o sistema de criptoativos da Worldcoin sejam humanos, e não bots;
  • Para se cadastrar, o usuário precisa fazer uma leitura de seus olhos e, através da máquina de varredura de íris, é gerado o World ID;
  • Os usuários que efetuam o cadastro biométrico ganham Worldcoins, a criptomoeda desenvolvida pela Tools for Humanity;
  • Sam Altman descreveu o Worldcoin como “uma rede financeira e de identidade global baseada na prova de personalidade. Isso parece especialmente importante na era da IA”;
  • Após o lançamento, o projeto, que conta com cerca de 2 milhões de usuários nos testes beta, está ampliando suas operações para mais 35 cidades em 27 países.

Durante uma conferência de cripto em Tóquio, as pessoas fizeram fila em frente a máquina escaneadora de íris. À Reuters, alguns usuários disseram que, apesar da curiosidade pelo projeto, ficaram preocupados com a coleta de dados.

“Existe o risco de ter os dados de seus próprios olhos coletados por uma empresa, mas gosto de seguir os projetos de criptografia mais atualizados. Fiquei com um pouco de medo, mas fiz isso agora e não posso voltar atrás.”, disse Saeki Sasaki, um dos usuários que efetuaram a biometria de íris.

Christian, outro usuário que obteve seu World ID, disse que participou do cadastro porque ficou intrigado com o projeto.

“Acho que daqui para frente será difícil distinguir a inteligência artificial da humana e acho que isso potencialmente resolve esse problema. É incrível.”, disse à Reuters.

Após o cadastro da biometria, os clientes ganhavam 25 Worlcoins. Na bolsa de criptomoedas Binance, os tokens do projeto eram negociados em cerca de US$2,30 (cerca de R$10,90, na cotação atual).

Com informações de Reuters.

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Jornalista em formação pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP). Mesmo com alguns assuntos negativos, gosta ficar atualizado e noticiar sobre diferentes temas da tecnologia.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.