Jato de plasma solar deve atingir a Terra no fim de semana; saiba o que pode acontecer

O evento pode provocar uma tempestade geomagnética na Terra de grau G2, considerado moderado – mas quais os possíveis efeitos disso?
Flavia Correia15/09/2023 09h06, atualizada em 18/09/2023 14h07
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Nesta quinta-feira (14), por volta das 4h da manhã (pelo horário de Brasília), um filamento magnético conectado às manchas solares AR3423 e AR3425 entrou em erupção. Como resultado, um jato de plasma – também chamado de ejeção de massa coronal (CME) – foi disparado em direção à Terra.

O evento foi registrado pelo Observatório de Dinâmicas Solares (SDO), da NASA, e pelo Observatório Solar e Heliosférico (SOHO), uma espaçonave operada em conjunto pelas agências americana e europeia.

Créditos: Observatório Solar e Heliosférico (SOHO) via Spaceweather.com

De acordo com o guia de meteorologia e climatologia espacial Spaceweather.com, um forte impacto na atmosfera terrestre aguardado para domingo (17) pode causar tempestades geomagnéticas de classe G1 (fraca) a G2 (moderada) – em uma escala definida pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) que vai de G1 a G5.

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São aguardadas auroras nas maiores latitudes da Terra

Nesta época do ano, segundo a plataforma, mesmo CMEs fracas são capazes de provocar auroras, como resultado do chamado efeito Russell-McPherron, que eleva a atividade geomagnética ao redor dos equinócios e causa rachaduras na magnetosfera do planeta, aumentando a ocorrência de auroras.

Geralmente, essas fascinantes luzes nos céus se formam nas latitudes mais altas do globo, como Islândia, Noruega, Finlândia e Groenlândia. No entanto, desta vez, observadores posicionados na região central do Canadá e no norte dos EUA também podem testemunhar auroras espetaculares.

Infelizmente, as exibições de auroras não são os únicos efeitos provocados pelas CMEs. Dependendo da intensidade, elas também podem prejudicar os sistemas de comunicações (especialmente os sinais de rádio), danificar estações elétricas e até mesmo derrubar satélites da órbita da Terra.

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Flavia Correia
Redator(a)

Jornalista formada pela Unitau (Taubaté-SP), com Especialização em Gramática. Já foi assessora parlamentar, agente de licitações e freelancer da revista Veja e do antigo site OiLondres, na Inglaterra.