O ressurgimento da Huawei pode representar grande desafio para a Apple no mercado chinês. Enquanto a empresa da maçã enfrenta problemas devido a riscos geopolíticos e situação econômica desfavorável, a chinesa tem mostrado avanço no desenvolvimento de semicondutores que desafia as sanções impostas pelos Estados Unidos.

Apesar das restrições estadunidenses, a Huawei lançou recentemente o Mate 60 Pro na China, revelando que o chip utilizado é produzido pela SMIC, mesmo com ambas as empresas presentes na lista de entidades proibidas de adquirir tecnologia dos EUA.

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A SMIC é considerada atrasada em relação à TSMC, empresa que anteriormente fabricava os chips da Huawei, segundo relata a CNBC.

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Avanço da Huawei

  • Mesmo sem acesso às tecnologias cruciais, a Huawei conseguiu desenvolver chip de 7 nm, avanço significativo na indústria de semicondutores;
  • Apesar de não utilizar as máquinas de litografia de ultravioleta extrema (EUV) da holandesa ASML, restritas pelo governo holandês, a SMIC tem avançado na fabricação de chips;
  • No entanto, a eficiência e a sustentabilidade desse processo em larga escala ainda são desconhecidas;
  • A produção de chips com baixo rendimento pode tornar o processo ineficiente e custoso.

Mistério sobre o processador de 7 nm

Ainda não há informações sobre o rendimento do processo de 7 nm da SMIC para os chips da Huawei, mas acredita-se que seja baixo. Esse avanço tecnológico da SMIC sem a utilização das máquinas EUV da ASML preocupa os Estados Unidos e expõe as fraquezas da estratégia de restrição de exportações. Isso pode levar a aumento nas restrições impostas à Huawei e em outras áreas do processo de design e fabricação de chips.

Analistas acreditam que a recuperação da Huawei represente ameaça maior para a Apple na China do que as questões geopolíticas. A Huawei, que possui imagem de marca premium semelhante à da Apple e é motivo de orgulho nacional na China, já competia diretamente com a empresa da maçã há anos no mercado chinês.

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As vendas da chinesa sofreram redução significativa quando não conseguiu equipar seus smartphones com a tecnologia 5G e os chips mais recentes. No entanto, com o possível ressurgimento da companhia nessa área, como demonstrado pelo Mate 60 Pro, seus novos smartphones podem se tornar opção mais atraente para os compradores chineses.

Por isso, a ameaça da Huawei está concentrada no contínuo desenvolvimento tecnológico, que abrange não apenas semicondutores, mas também novos formatos como smartphones dobráveis.

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