Um grupo de pesquisadores da Universidade do Sul da Califórnia (USC), nos Estados Unidos, desenvolveu uma fórmula para prevenir infecções graves por patógenos resistentes aos medicamentos — como as superbactérias.
“A pandemia estimulou uma inovação sem precedentes no desenvolvimento de vacinas, onde o financiamento federal e as parcerias universidade-indústria foram decisivas para traduzir descobertas promissoras de laboratórios acadêmicos para o bem de todos”, disse Ishwar K. Puri, vice-presidente sênior de pesquisa e inovação da USC.
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A descoberta
- Durante os testes em camundongos, o estudo — administrado em dose única — conseguiu colocar as células imunológicas no modo “Incrível Hulk”, proporcionando proteção rápida contra oito espécies diferentes de bactérias e fungos;
- Segundo o Medical Xpress, essa vacina experimental utiliza uma abordagem diferente: ela esgota o suprimento pré-existente do corpo de células imunológicas devoradoras de patógenos (macrófagos), que digerem bactérias, fungos e outros agentes nocivos;
- Esses combatentes são encontrados em todos os tecidos, e neutralizam rapidamente os invasores — que, por sua vez, poderiam se multiplicar rapidamente e sobrecarregar as defesas do corpo;
- “É um sistema de alerta precoce. É como se a Segurança Interna emitisse um alerta de terrorismo. ‘Todos, mantenham os olhos abertos. Fiquem atentos a pacotes suspeitos’”, afirma Brad Spellberg, autor sênior.
“Isso é muito diferente do desenvolvimento de novos antibióticos”, disse Jun Yan, Ph.D., primeiro autor do estudo. “Isso significa usar nosso próprio sistema imunológico para lutar contra diferentes superbactérias, o que é uma abordagem diferente de qualquer outra.”
Essa vacina é composta por três ingredientes, sendo dois já utilizados em outros imunizantes aprovados pela FDA. O terceiro é um pequeno pedaço da superfície de um fungo encontrado na pele humana.
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