Neste sábado (28), acontece o último eclipse de 2023, que será lunar. Esse fenômeno ocorre quando o Sol, a Terra e a Lua se alinham no espaço, de modo que a sombra do planeta pode ser vista projetada no satélite natural.

Se a Lua é completamente coberta pela sombra da Terra, tem-se um eclipse lunar total. Não vai ser o caso. Desta vez, será um eclipse lunar parcial, evento que ocorre quando a Lua está em sua fase cheia, com a Terra se movendo entre ela e o Sol sem que os corpos estejam perfeitamente alinhados.

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As áreas de visibilidade do eclipse dependem de onde a Lua vai estar no momento que for coberta pela sombra do planeta. O deste sábado poderá ser visto na Europa, Ásia, Austrália, África, América do Norte, uma parte da América do Sul, nos oceanos Pacífico, Atlântico, Índico, e Ártico e na Antártica.

A maior parte do Brasil verá somente a fase penumbral, o que significa que as mudanças na coloração da Lua devem ser muito tênues, quase imperceptíveis a olho nu. Já alguns locais do Nordeste poderão ver um pouco do eclipse parcial.

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Crédito: Brad Riza – APOD/NASA

Cronograma do eclipse:

  • Início da fase penumbral: 15h
  • Eclipse parcial começa: 16h35
  • Ápice do eclipse parcial: 17h15
  • Eclipse parcial termina: 17h53
  • Fim da fase penumbral: 19h27

Informações do guia de observações astronômicas InTheSky.org.

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Transmissões em tempo real do eclipse lunar parcial

Mesmo quem não estiver nas áreas privilegiadas poderá observar todas as etapas do eclipse lunar parcial. E o melhor: sem precisar nem sair de casa, se não quiser.

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A partir das 15h, quando começa a fase penumbral na maior parte do Brasil, tem início a transmissão ao vivo do evento no canal do Observatório Nacional no YouTube. (Todos os horários aqui mencionados têm como referência o fuso de Brasília)

Com apresentação da astrônoma Josina Nascimento, gestora da Divisão de Comunicação e Popularização da Ciência (DICOP) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), a live vai exibir imagens do eclipse a partir de diversas localidades.

A iniciativa faz parte do projeto de observação “O Céu em Sua Casa” em parceria com astrônomos amadores e profissionais parceiros que vão tirar as dúvidas do público sobre o eclipse, além de conversar sobre astronomia, astrofísica, telescópios e obtenção de imagens astronômica no geral.

Um dos convidados confirmados é o colunista do Olhar Digital Marcelo Zurita, presidente da Associação Paraibana de Astronomia (APA), membro da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB), diretor técnico da Rede Brasileira de Observação de Meteoros (Bramon) e coordenador nacional do Asteroid Day Brasil.

Algumas plataformas internacionais também vão transmitir o evento, e nós destacamos duas – ambas no YouTube, começando às 16h, 35 minutos antes que a sombra da Terra comece a cobrir a Lua: Time and Date, um serviço na Noruega, e Projeto Telescópio Virtual, na Itália.

Além disso, é claro, assim como aconteceu no dia do eclipse solar anular, as redes sociais devem ser tomadas por registros do fenômeno, que tem previsão de terminar pouco antes das 18h.