Drones com desfibrilador podem ser mais rápidos que ambulâncias, segundo estudo

Pesquisadores concluíram que os drones com desfibriladores conseguem prestar socorro em média três minutos mais rápido do que ambulâncias
Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Bruno Capozzi 25/11/2023 01h00
Veículo carregando o aparelho de socorro
Imagem: Divulgação/Everdrone
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Um estudo apontou que drones podem ser equipados com desfibriladores para atender pacientes com suspeita de parada cardíaca. Segundo pesquisadores do Karolinska Institutet, da Suécia, em mais da metade dos casos, os veículos voadores não tripulados chegaram, em média, três minutos antes das ambulâncias para prestar o socorro.

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Drones com desfibriladores

O estudo foi publicado na revista The Lancet Digital Health e destaca a importância do tempo para salvar a vida do paciente.

O uso de um DEA é o fator mais importante para salvar vidas. Estamos implantando drones equipados com DEA desde o verão de 2020 e mostramos neste estudo de acompanhamento que os drones podem chegar ao local antes de uma ambulância por vários minutos. Esse tempo de espera significou que o DEA poderia ser usado por pessoas no local em vários casos.

Andreas Claesson, investigador principal do estudo

Apenas na Suécia, onde foi realizada a pesquisa, seis mil pessoas sofrem uma parada cardíaca súbita todos os anos. E apenas 10% delas sobrevivem.

Os pesquisadores observam que o uso de desfibriladores nesses casos é fundamental, mas os equipamentos não estão disponíveis em todos os locais. Dessa forma, equipar os drones com eles pode facilitar o atendimento.

Testes do tipo estão sendo realizados desde 2020. Os drones com desfibriladores são enviados para casas de pacientes no mesmo momento em que as ambulâncias são alertadas do pedido de socorro. O resultado dos pesquisadores foi que os drones chegaram, em média, três minutos e 14 segundos antes nos destinos.

O projeto cobriu uma área no oeste da Suécia, onde vivem aproximadamente 200 mil pessoas. A conclusão é que a ideia é viável e segura.

(Imagem: Korawat photo shoot/Shutterstock)

Resultados do estudo

  • Os drones com desfibriladores foram utilizados em 55 casos de suspeita de parada cardíaca.
  • Em 18 deles, o diagnóstico foi confirmado e foi necessário prestar atendimento.
  • Por seis vezes os equipamentos precisaram ser utilizados, garantindo a sobrevivência dos pacientes.
  • As informações são da Medical Xpress.
Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.