Em meados de novembro, Marte esteve em conjunção solar, momento em que se encontrava do lado oposto da Terra em relação ao Sol, que bloqueou os sinais de comunicação entre os dois mundos. 

Por essa razão, os equipamentos robóticos que exploram o Planeta Vermelho não recebem comandos da Terra durante esse período, que leva cerca de duas semanas. De acordo com o portal de climatologia e meteorologia espacial Spaceweather.com, essa medida busca evitar que as transmissões de rádio que passam pela atmosfera do Sol se tornem confusas, levando rovers e satélites de Marte a fazer procedimentos errados.

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Robôs de solo e orbitadores voltam a trabalhar em Marte

Com a chegada de dezembro, Marte emergiu por trás do Sol – e os robôs estão voltando ao trabalho. Na segunda-feira (4) a novidade foi anunciada no perfil do rover Perseverance, da NASA, no X (antigo Twitter).

“Agora que essa conjunção acabou, estou animado para continuar coletando amostras de Marte”, diz a publicação.

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Acompanhando este equipamento em uma mesma missão da agência espacial norte-americana está o helicóptero Ingenuity, de 1,8 kg, encarregado de mostrar que a exploração aérea é possível em Marte. 

O drone não esperou muito depois do fim da conjunção para voltar ao trabalho. “Sucesso! O Ingenuity completou o voo 67 no fim de semana, voando 393 metros por mais de dois minutos”, diz um post do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, também segunda-feira, na mesma plataforma.

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A NASA também é responsável pelo rover Curiosity, que tem explorado a cratera Gale do Planeta Vermelho desde agosto de 2012. Além desses exploradores de solo, a agência mantém três sondas estudando Marte a partir da órbita: Odyssey, Orbitador de Reconhecimento de Marte (MRO) e MAVEN, que pesquisa a atmosfera e evolução volátil daquele mundo.

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Outros equipamentos também acabaram de “acordar” em Marte, como as sondas Mars Express e a Orbitador de Traços de Gases, da Agência Espacial Europeia (ESA), a espaçonave Hope, dos Emirados Árabes Unidos, e a chinesa Tianwen-1.