Vídeo: dois meteoros cruzam os céus do Brasil ao mesmo tempo

Os céus do Rio Grande do Sul foram iluminados por três meteoros nesta madrugada. Duas das estrelas cadentes foram vistas ao mesmo tempo
Bruno Capozzi09/12/2023 15h25
METEORO TAQUARA
Dois meteoros cruzam os céus do Rio Grande do Sul ao mesmo tempo. Imagem: Observatório Heller & Jung
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Dois pedidos de uma só vez! O Observatório Heller & Jung, em Taquara (RS), registrou na madrugada deste sábado (09) a queda de dois meteoros que cruzaram os céus da cidade de Torres simultaneamente. Um pouco depois, um meteoro fireball (bola de fogo), de magnitude -7, iluminou a noite de Encruzilhada do Sul. Haja sorte para tanta estrela cadente!

Veja os dois momentos:

Dois meteoros cruzam os céus de Torres ao mesmo tempo. Imagem: Observatório Heller & Jung
Meteoro “fireball” passa por Encruzilhada do Sul.. Imagem: Observatório Heller & Jung

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A magnitude de um meteoro é a medida do brilho dele. Quanto menor o número, mais brilhante é a rocha espacial. 

De acordo com o professor Carlos Fernando Jung, responsável pela instituição, essas passagens antecipam a chuva de meteoros Geminídeas.

Estas quedas duplas ocorrem quando existe ativa uma grande chuva de meteoros. É raro se registrar um meteoro fireball de magnitude elevada e quedas duplas na mesma madrugada.

O que é um meteoro bola de fogo?

Asteroides, meteoroides e cometas orbitam o Sol em uma velocidade altíssima. Algo entre 40 mil e 266 mil quilômetros por hora. Quando atingem a atmosfera da Terra nessa velocidade, mesmo fragmentos tão pequenos quanto um grão de areia são capazes de aquecer instantaneamente os gases atmosféricos, gerando um fenômeno luminoso, que é o que os astrônomos chamam de meteoro. 

Assim, os meteoros nada mais são do que esses eventos luminosos. Meteoro não é sólido, não é líquido nem gasoso, é apenas luz. Popularmente, também é chamado de “estrela cadente”.

De maneira geral, quanto maior o objeto, mais luminoso será o meteoro. E quando sua luminosidade supera o brilho de Vênus, o meteoro é comumente chamado de fireball — ou bola de fogo. 

Algumas vezes, dependendo também da velocidade e do ângulo de entrada, o meteoroide ou asteroide é grande o suficiente para atingir as camadas mais densas da atmosfera. Nesses casos, além de formar uma bola de fogo mais espetacular, o meteoro geralmente termina com um evento explosivo. 

Geminídeas

Um dos eventos astronômicos mais aguardados do ano, a chuva de meteoros Geminídeas é a última de 2023. Ela atinge seu pico entre os dias 13 e 14. Essas duas noites representam as melhores oportunidades para ver incríveis “estrelas cadentes”, que, nesse caso em específico, são bem brilhantes e podem ser até coloridas. Saiba mais sobre o calendário astronômico clicando aqui.

A Geminídeas foi assunto na coluna Olhar Espacial, que o astrônomo Marcelo Zurita tem no programa Olhar Digital News.

Todos os anos, durante o mês de dezembro, somos presenteados por um enigmático personagem chamado Phaethon. Este “Papai Noel sideral” nos traz a Geminídeas, uma das mais intensas chuvas anuais de meteoros, que além de nos encantar com a beleza de seus rastros luminosos, intriga os astrônomos que se dedicam ao estudo de sua origem. Ao contrário das outras chuvas de meteoros, a Geminídeas não é gerada por um cometa. O Phaethon é, na verdade, um asteroide. E, assim como o Papai Noel, é cercado de mistérios que desafiam a ciência que estuda esses astros.

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Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.