Majestosos e imprevisíveis, os vulcões são fenômenos naturais que há milênios fascinam a humanidade. Além de moldarem a cultura humana ao redor do globo, essas montanhas que cospem fogo também exercem uma função crucial na formação do nosso planeta, moldando paisagens e ecossistemas. Porém, existem vulcões que são capazes de modificar o clima do planeta, com suas erupções massivas, os supervulcões são capazes de modificar até o clima do planeta terra. Mas o que é um supervulcão?

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Entendendo o que são vulcões

Os vulcões, são aberturas na crosta do planeta, por onde sai magma proveniente do interior da Terra. Esse fluxo de material piroclástico é chamado de erupção. Com intensidade e naturezas variadas, essas erupções podem variar desde fluxos lentos e constantes de lava, até explosões massivas que lançam rochas e cinzas a grandes alturas.

Mas os vulcões possuem uma função bastante importante na natureza e na formação do nosso planeta. Localizados muitas vezes nas bordas das placas tectônicas, os vulcões são responsáveis pela formação de ilhas oceânicas, montanhas e do relevo geral ao seu redor. Além disso, a atividade vulcânica ajuda a resfriar o planeta terra. Ao bloquear a luz solar, as cinzas vulcânicas criam um escudo atmosférico contra a radiação do sol.

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Mas, o que é um supervulcão?

Porém, existem estruturas geológicas ainda mais poderosas que os vulcões. Definido por sua capacidade de produzirem erupções gigantescas, um supervulcão é um colosso natural. Capaz de expelir mais de um trilhão de metros cúbicos de material vulcânico de uma única vez. As supererupções são mais de 1.000 vezes maiores do que a do Monte Santa Helena em 1980, essas erupções são destrutivas que ejetam não somente magma, mas a própria crosta terrestre é lançada pelos ares. Como resultado, toda a região acima da câmara de magma colapsa, formando uma paisagem côncava, conhecida como caldeira.

Um vulcão é uma estrutura natural surpreendente, as erupções são responsáveis por várias mudanças no planeta, mas o que é um supervulcão?
Diagrama mostra funcionamento da atividade vulcânica em Yellowstone. Imagem: Agil Leonardo – Shutterstock

Em todo o mundo, nove vulcões ativos preenchem os critérios para serem considerados supervulcões. São eles:

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  • 1. Yellowstone, nos Estados Unidos.
  • 2. Long Valley, na Califórnia, Estados Unidos.
  • 3. Valles, no Novo México, Estados Unidos.
  • 4. Toba, na Indonésia.
  • 5. Taupō, na Nova Zelândia.
  • 6. Atitlán, na Guatemala.
  • 7. Aira, no Japão.
  • 8. Kikai, no Japão.
  • 9. Aso, no Japão.

Dentre todo da lista, o parque nacional de Yellowstone abriga um dos supervulcões mais notórios do planeta, uma vasta caldeira que se estende por aproximadamente 48 por 72 quilômetros.

Esse monstro dormente possui um histórico incrível de supererupções. Com duas notáveis ocorrências, a primeira a “Huckleberry Ridge Tuff”, há cerca de 2,1 milhões de anos, lançou incríveis 2.450 quilômetros cúbicos de material vulcânico, e a Lava Creek, de aproximadamente 631.000 anos atrás, responsável por ejetar 1.000 quilômetros cúbicos de detritos vulcânicos.

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Apesar de seu histórico ameaçador, Yellowstone é monitorado continuamente pelos cientistas. A erupção de um supervulcão é um evento raro em termos geológicos, em média, ocorrem a cada 100.000 anos. A última supererupção aconteceu na nova Zelândia a mais ou menos 26 mil anos, então temos ainda bastante tempo até a próxima.

Vale lembrar que os supervulcões representam uma parcela muito minúscula da atividade vulcânica mundial. Com mais de mil e quinhentos vulcões ativos ao redor do mundo, com uma média de 40 em erupção simultânea, a terra é um planeta intrigante e em constante transformação. E graças aos vulcões ele vai continuar sempre se renovando.