O homem pisou na Lua em 20 de julho de 1969. O engenheiro aeroespacial Neil Armstrong deu alguns passos e soltou aquela frase icônica que todo mundo conhece. Em 2024 serão 55 anos deste feito.
E de lá para cá, a NASA, a agência espacial americana, trabalhou com várias outras metas, muitas delas ambiciosas (incluindo uma volta à Lua prevista para os próximos anos). Enviar uma nave tripulada a Marte, por exemplo, é uma dessas metas que, apesar de distante, está nos planos.. E os cientistas deram agora um novo passo em direção a esse objetivo.
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É verdade que a NASA já enviou sondas e robôs para o Planeta Vermelho. E que os estudos continuam a todo vapor. Mas um grande desafio ainda é como transportar cargas pesadas através do Sistema Solar em viagens rápidas.
A distância da Terra para a Lua é de aproximadamente 384 mil quilômetros. Da Terra para Marte, a distância sobe para no mínimo 54,6 milhões de quilômetros para até cerca de 401 milhões de quilômetros, dependendo das posições orbitais dos dois planetas.
Ou seja, é muito mais longe! Precisaríamos, portanto, de um ‘foguete mais potente’. E é isso que a NASA conseguiu agora: acaba de anunciar outro teste bem-sucedido de um motor de foguete inovador com impulso suficiente para levar uma missão tripulada ao vizinho vermelho.
Conheça o RDRE
- Ou Rotating Detonation Rocket Engine: é um protótipo de motor que foi testado recentemente no Marshall Space Flight Center da NASA, no Alabama.
- Ele estabeleceu um novo recorde para a tecnologia, alcançando 25.810 newtons (5.800 libras) de empuxo por 251 segundos.
- Isso supera e muito os 17.800 newtons de empuxo gerenciados por quase um minuto em 2022.
- De acordo com o engenheiro Thomas Teasley, que lidera o projeto RDRE, o motor vai representar um “salto de eficiência” na missão.
“Isso demonstra que estamos mais perto de fabricar sistemas de propulsão leves que nos permitirão enviar mais massa e carga útil para o espaço profundo, um componente crítico para a missão da NASA até Marte”, disse o engenheiro.
- O que torna o RDRE tão revolucionário é o fato dele utilizar um sistema de detonação sustentada, alimentada por uma mistura de combustível e oxigênio.
- Por usar menos combustível, ele torna possível viagens maiores, além de diminuir o custo.
- Outro diferencial é que a NASA usou técnicas de impressão 3D para produzir peças do RDRE.
- E elas são fortes o suficiente para suportar o calor e a pressão extremos envolvidos na combustão.
- Isso também ajuda a baratear os custos.
O que falta agora?
A NASA espera que as primeiras pessoas possam pisar em solo marciano em algum momento da década de 2030.
Ainda há muitos obstáculos a serem superados até lá. Por exemplo, como vamos sobreviver num lugar onde a atmosfera é composta por 96% de dióxido de carbono.
Uma das dificuldades, porém, parece próxima de ser superada: ter um meio de propulsão eficiente para levar uma nave tripulada até o Planeta Vermelho.
Fato é que os estudos continuam. A NASA ainda quer saber:
- Será que Marte já teve alguma forma de vida em algum momento da história?
- Como funciona o instável clima do planeta?
- Entender a geologia do nosso vizinho.
- Depois disso é que começam os preparativos para a exploração por humanos.
Todos esses tópicos são públicos. A agência americana, aliás, mantém um site muito legal com todos os detalhes da missão. São fotos, vídeos, temperatura agora em Marte e as últimas atualizações e descobertas.
Você pode acessar esse site aqui.
As informações são do Science Alert.