A Apple continua atrás na corrida da inteligência artificial (IA), mas, agora, com diversos investimentos, contratações e pesquisas, tudo leva a crer que, finalmente, poderemos conferir os avanços da empresa no lançamento de seus dispositivos de próxima geração.

Aquisições de startups e contratações de especialistas

Como reportou o Financial Times, a fabricante do iPhone faz aquisições na área de IA há um bom tempo – desde 2017, foram 21. A mais recente delas foi em 2023: a WaveOne, startup especializada em compressão de vídeos a partir de IA.

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Segundo Tim Cook, CEO da empresa da maçã, a companhia investe nessa tecnologia há anos.

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Fazemos pesquisas em ampla gama de tecnologias para inteligência artificial, incluindo IA generativa, há anos. Vamos continuar investindo e inovando, avançando nossos produtos com essa tecnologia e com responsabilidade para ajudar a enriquecer a vida das pessoas. Obviamente, estamos investindo muito e isso está aparecendo nos gastos de pesquisa e desenvolvimento.

Tim Cook, CEO da Apple

Além disso, como o Olhar Digital noticiou, a big tech está promovendo diversas vagas de emprego relacionadas à IA. Como mostra pesquisa da Morgan Stanley, quase metade das ofertas de trabalho contam com o termo “Deep Learning” (aprendizado profundo, em tradução literal – algorítimos por trás das IAs generativas).

Em 2018, a Apple contratou John Giannandrea, ex-chefe da IA de busca do Google, para assumir o cargo de vice-presidente de Machine Learning (aprendizado de máquina) e estratégia de IA.

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IA no iPhone 16: nada de internet!

Os planos da Apple envolvendo IA ainda são nebulosos, mas, conforme divulgou o FT, podemos ter vislumbre do uso dessa tecnologia já em 2024. Isso porque, em dezembro, pesquisadores da Apple publicaram artigo revelando sobre avanço na execução de LLMs (modelos de linguagem ampla) utilizando memória flash.

Isso significa que, ao invés de memória RAM (Memória de Acesso Aleatório), é possível utilizar memórias flash para executar as tarefas de IA em dispositivos móveis.

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Além disso, o uso de memória flash pode executar tarefas off-line. Esse potencial descoberto pelos pesquisadores da Apple se relaciona com a intenção da big tech de criar IA que pode ser executada localmente, ou seja, direto dos iPhones e iPads, sem depender de datacenters de nuvem – como o ChatGPT, por exemplo.

IA da Apple: o que se sabe e quando deve ser apresentada

  • Apesar de não haver anúncio oficial, há diversos rumores acerca dos trabalhos da Apple em inteligência artificial;
  • Em setembro, um relatório do The Information afirmou que a empresa estaria trabalhando em vários modelos de IA;
  • Segundo as informações, uma equipe nomeada de “Foundational Models” (Modelos de Fundação) seria responsável por desenvolver modelo de geração de imagens, enquanto outro grupo estaria trabalhando em “IA multimodal” capaz de reconhecer e produzir vídeos, imagens e textos;
  • Especulações também indicam que Apple tem intenção de integrar IA generativa à Siri, trazendo nova experiência para a assistente virtual;
  • O principal modelo de linguagem amplo desenvolvido pela Apple até o momento estaria sendo chamado de “Ajax GPT”, treinado com mais de 200 bilhões de parâmetros;
  • A expectativa é que a Apple revele suas ferramentas e recursos de IA em junho desse ano, durante o Worldwide Developers Conference (WWDC), quando a empresa deve apresentar a linha de iPhones 16, iOS 18 e demais produtos.