Quando falamos sobre veículos elétricos e segurança nas estradas, uma coisa que pega bastante gente de surpresa é o peso desses modelos. Por causa das baterias gigantescas que eles carregam para conseguirem rodar longas distâncias sem precisar recarregar, os EVs são bem mais pesados do que os automóveis a gasolina (de 20% a 50% mais pesados).

Esse peso extra significa que, em uma batida, eles podem causar mais estrago, tanto nas estruturas de proteção das estradas, quanto em outros carros. Isso sem falar que o centro de gravidade mais baixo, que normalmente é uma vantagem porque dá mais estabilidade, também muda a forma como o veículo se comporta em uma colisão.

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Testes realizados pela Universidade de Nebraska, nos Estados Unidos, destacaram preocupações com a segurança dos veículos elétricos em estradas. Para se ter uma ideia, nos testes, uma caminhonete elétrica Rivian R1T (que pesa 4 toneladas) quase não reduziu a velocidade após colidir e atravessar uma dessas grades antes de parar contra uma barreira de concreto. Veja as cenas:

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Adequação das estradas para receberem cada vez mais elétricos

Esta questão levanta alarmes sobre a adequação do atual sistema de segurança rodoviária não só dos EUA como de todos os demais países, tendo em vista a crescente popularização dos carros elétricos. Apesar de oferecerem proteção superior para seus ocupantes, eles representam riscos maiores para os ocupantes de veículos mais leves na estrada.

Cabe destacar que, nos testes com o Rivian, quase não houve danos ao interior da cabine. Não à toa, em resposta à divulgação dos resultados dos testes, a Rivian Automotive Inc. observou que o veículo usado recebeu o prêmio 2023 Top Safety Pick+, o prêmio de nível mais alto emitido pelo Instituto de Seguros para Segurança Rodoviária (IIHS), dos Estados Unidos.

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Para os pesquisadores, mais testes são necessários para a confirmação de alguns parâmetros. Porém, há uma necessidade de redesenhar as barreiras rodoviárias para acomodar a nova realidade dos pesados carros elétricos, semelhante aos ajustes feitos na década de 1990 nos EUA para lidar com o aumento de picapes leves e SUVs.