A Mercedes-Benz afirma que conduziu o primeiro teste de colisão frontal do mundo envolvendo dois carros totalmente elétricos.
Para o experimento conduzido no Centro de Tecnologia de Veículos da montadora em Sindelfingen, Alemanha, a empresa usou o SUV EQS 450 e um EQA 300 — ambos pesam 3 toneladas e 2,2 toneladas, respectivamente.
Leia mais:
- Novo caminhão elétrico da Mercedes percorre 1.000 km por dia
- Incêndio em baterias: veículos elétricos são seguros?
- Mercedes lança o ‘Drive Pilot’, seu sistema de direção autônoma avançado
- Quem inventou o primeiro carro e quando foi feito
Como foi o primeiro teste de colisão com carros elétricos
- A montadora alemã queria descobrir o que acontece quando dois carros elétricos colidem de frente.
- A dupla foi lançada a 56 km/h com uma sobreposição frontal de 50% — um tipo de batida não alinhada que replica acidentes comuns em ultrapassagens, diz a empresa.
- Quatro manequins estavam a bordo nos veículos, todos equipados com 150 sensores cada.
- Após o acidente, os engenheiros da Mercedes-Benz descobriram um baixo risco de ferimentos graves e fatais, reforçado o que já mostravam simulações de computador antes do teste.
- Outro achado importante foi que o sistema de alta tensão desligou sozinho, reduzindo o risco de incêndio. As baterias de ambos os carros também estavam intactas.
![](https://img.odcdn.com.br/wp-content/uploads/2023/10/mercedes-benz-2-1024x576.jpeg)
Vale ressaltar que ambos os EVs têm uma classificação de segurança de cinco estrelas nos teste da EURO NCAP. Confira como foi o teste de colisão da Mercedes no vídeo abaixo:
Segundo a montadora, zonas de deformação do veículo na frente são projetadas para absorver a energia do impacto, razão pela qual parecem destruídas após a batida. Quando a maioria da energia cinética é dissipada nas zonas de deformação, o risco de fuga de energia para o habitáculo (onde estão o motorista e passageiros) é reduzido.
No fim, o teste é um passo positivo no sentido de levar mais a sério a segurança dos carros elétricos, à medida que um número crescente de modelos circulam nas ruas. Testes como esse podem auxiliar fabricantes de automóveis a avaliar a segurança dos componentes e das baterias, por exemplo, bem como compreender como as peças se comportam em situações extremas.