Conforme noticiado pelo Olhar Digital, na noite de quarta-feira (21), de acordo com o site de climatologia e meteorologia espacial Spaceweather.com, uma grande mancha solar denominada AR3590 produziu uma poderosa erupção de classe X1.8. Poucas horas depois, já na manhã de quinta-feira (22), a mesma região explodiu novamente, em um evento classificado como X1.7.

Segundo a plataforma, mais uma erupção foi detectada nessa mancha solar em um intervalo total de menos de 24 horas. Desta vez, uma explosão de classe X6.37 – a mais poderosa do Ciclo Solar 25. 

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Vamos entender:

  • O Sol tem um ciclo de 11 anos de atividade solar;
  • Ele está atualmente no que os astrônomos chamam de Ciclo Solar 25;
  • Esse número se refere aos ciclos que foram acompanhados de perto pelos cientistas;
  • No auge dos ciclos solares, o astro tem uma série de manchas em sua superfície, que representam concentrações de energia;
  • À medida que as linhas magnéticas se emaranham nas manchas solares, elas podem “estalar” e gerar rajadas de vento;
  • De acordo com a NASA, essas rajadas são explosões massivas do Sol que disparam partículas carregadas de radiação para fora da estrela em jatos de plasma (também chamados de “ejeção de massa coronal” – CME);
  • Os clarões (sinalizadores) são classificados em um sistema de letras pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA) – A, B, C, M e X – com base na intensidade dos raios-X que elas liberam, com cada nível tendo 10 vezes a intensidade do anterior.
Erupção solar X6.4 ocorrida às 19h34 de 22 de fevereiro de 2024. Um apagão de rádio R3 (forte) foi observado afetando uma área sobre a Ilha de Páscoa, no Oceano Pacífico Sul. Crédito: GOES-16/NASA via NOAA.

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Como ver a mancha que causou a erupção recorde

A mancha solar AR3590 é tão grande que pode ser facilmente observada da Terra, sem a necessidade de equipamentos específicos – sem esquecer que não se deve olhar diretamente para o Sol em momento algum sem a devida proteção: os óculos para eclipse (saiba mais aqui).

Ainda não se sabe o que o evento gerou CMEs que possam provocar uma tempestade geomagnética na Terra. Como a mancha AR3590 tem um campo magnético instável ‘beta-gama-delta’, espera-se a ocorrência de mais explosões de classe X – vamos aguardar.