Crédito: Bum-Suk Yeom, Iksan, Coreia do Sul / via Spaceweather.com
Conforme noticiado pelo Olhar Digital, na noite de quinta-feira (22), uma grande mancha solar denominada AR3590 produziu uma forte erupção de classe X6.37 – a mais poderosa do Ciclo Solar 25, que teve início em 2019.
De acordo com o site de climatologia e meteorologia espacial Spaceweather.com, essa megaexplosão aconteceu menos de 24 horas depois de duas erupções ocorridas na mesma mancha – uma de classe X1.8 e outra X1.7.
Vamos entender:
Como vem se fundindo com outras manchas menores, a mancha solar AR3590 está crescendo de forma acelerada. Atualmente, conforme demonstra a imagem abaixo, captada pelo Observatório de Dinâmicas Solares (SDO), da NASA, ela já está no comprimento de oito planetas Terra enfileirados.
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Essa mancha é tão grande que pode ser facilmente observada da Terra, sem a necessidade de equipamentos específicos – sem esquecer que não se deve olhar diretamente para o Sol em momento algum sem a devida proteção: os óculos para eclipse (saiba mais aqui).
Além disso, essa região ativa é cerca de metade do tamanho (por área de superfície) da grande mancha solar que causou o Evento Carrington em setembro de 1859 – a maior tempestade solar de todos os tempos. Mesmo uma tempestade solar com metade da intensidade desse evento histórico que ocorra hoje pode causar problemas para satélites, redes elétricas e conexão com a internet.
Os meteorologistas da NOAA dizem que há 30% de chance de haver um poderoso surto de classe X até segunda-feira (26). Se isso acontecer, é provável a ocorrência de tempestades geomagnéticas na Terra, já que a mancha AR3590 está diretamente voltada para o planeta.
No caso da mais recente e poderosa erupção, a radiação da explosão ionizou o topo da atmosfera terrestre em uma ampla região centrada no Oceano Pacífico e chegando ao oeste dos EUA. Isso, por sua vez, gerou um apagão nas transmissões de rádio de ondas curtas nessa área.
Esta post foi modificado pela última vez em 27 de fevereiro de 2024 21:04