Veículos que possuem apps nativos para avaliação da direção dos motoristas podem ter seus dados vendidos por suas montadoras a seguradoras, diz o The New York Times.

Dessa forma, as fabricantes, como GM, Mitsubishi, Honda e Ford, propiciam às seguradoras o aumento os valores cobrados de seus segurados.

publicidade

Leia mais:

publicidade
OnStar
Ativação do Chevrolet OnStar (Imagem: Divulgação/Chevrolet)

Apps nativos e monitoramento de motoristas

  • Esses aplicativos nativos, como o OnStar, da GM/Chevrolet, monitoram os hábitos dos motoristas;
  • Eles guardam horários nos quais os motoristas dirigem, freadas bruscas e fortes arrancadas;
  • Por um lado, eles ajudam ao motorista a ter uma condução mais suave, mas, por outro, esses dados são repassados às seguradoras;
  • O Olhar Digital já abordou o tema nesta matéria.

Há uma dualidade quanto a esses apps, pois, enquanto ele pode ajudar ao motorista a melhorar seus hábitos, os dados coletados podem ser mal vistos pelas seguradoras.

Segundo o NYT, as empresas de análise de dados Lexis Nexis e Verisk têm contratos com montadoras e seguradoras. A Lexis Nexis atua com GM, Subaru, Kia e Mitsubishi. Enquanto isso, a Verisk tem em seu guarda-chuva Ford, Hyundai e Honda.

publicidade

Esse “meio-de-campo” permite às montadoras o repasse das informações de condução de seus clientes às seguradoras, que precificam o valor de seus seguros.

Subaru e Ford responderam ao NYT sobre o tema. A japonesa disse que só compartilha dados do hodômetro, que necessitam de autorização do cliente. Já a estadunidense indicou que as informações só são repassadas em caso de consentimento do condutor.

publicidade

Do outro lado, um cliente ouvido pelo NYT, que possui um Chevrolet, afirmou que seu seguro sofreu reajuste de 21% ao ser renovado. Contudo, ele não possuía histórico de acidentes. Não havia dados de localização repassados, apenas os de direção da pessoa.