Siga o Olhar Digital no Google Discover
Um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de Sorbonne, em Paris, determinou que nosso planeta “ganha peso” de uma maneira surpreendente: com milhares de toneladas de poeira espacial que caem sobre nós todos os anos.
Ofertas
Por: R$ 26,90
Por: R$ 49,80
Por: R$ 194,99
Por: R$ 28,31
Por: R$ 499,90
Por: R$ 144,90
Por: R$ 412,69
Por: R$ 592,00
Por: R$ 3.598,94
Por: R$ 499,00
Por: R$ 369,00
Por: R$ 1.616,02
Por: R$ 3.099,00
Por: R$ 199,00
Por: R$ 166,19
Por: R$ 399,00
Por: R$ 139,99
Por: R$ 473,00
O cosmoquímico Jean Duprat e seus colegas cavaram três trincheiras na neve da Antártica em busca de micrometeoritos. O local escolhido foi o “Dome C”, um dos “picos” do platô Antártico, a cerca de 1.100 km do litoral do continente.
O material foi colhido a partir de dois metros de profundidade, ou seja, neve acumulada antes de 1995, quando a base francesa no local foi estabelecida. Assim, os cientistas podiam ter certeza de que o material encontrado não seria resultado de contaminação por atividade humana no local.
Leia mais:
- Câmera flagra meteoro passando pelo céu de Sorocaba; veja
- “Bola de fogo”: veja o meteoro que cruzou o céu de três estados brasileiros
- Por que estamos descobrindo cada vez mais asteroides e registrando mais meteoros?
Usando ferramentas ultralimpas eles coletaram centenas de quilos de neve, derreteram o material e filtraram a água. Como resultado, encontraram quase 2.000 micrometeoritos.
Seu tamanho varia de 30 a 350 micrômetros, e juntos eles não pesam mais do que uma fração de grama. Deste total, 808 esferas foram parcialmente derretidas durante a entrada em nossa atmosfera e 1.280 não mostravam dano algum.

Todos estes micrometeoritos foram encontrados em uma área de alguns poucos metros quadrados. Assumindo que partículas de poeira espacial caiam sobre a Antártica na mesma proporção que no resto do planeta, a equipe conseguiu estimar quanta poeira espacial cai em todo o planeta em um ano: cerca de 5.200 toneladas.
Os pesquisadores estimam que cerca de 80% dos micrometeoritos se originam de cometas que passam a maior parte de suas órbitas mais próximos do Sol do que Júpiter. O restante seria derivado de colisões com objetos no cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter.
Duprat e seus colegas sugerem que estas partículas minúsculas, juntas, entregam entre 20 a 100 toneladas de carbono para a Terra todo o ano, e poderiam ter sido uma fonte importante de compostos ricos em carbono, como amino-ácidos, durante o início da história de nosso planeta.
Fonte: Science News