Você pode estar pensando em Hollywood, mas não é bem esse tipo de estrela. Nem teve participação de Lady Gaga. A incrível simulação do momento em que uma estrela se inflama pela primeira vez foi realizada por uma equipe de pesquisadores da Northwestern University, localizada em Illinois, Estados Unidos.

Os cientistas criaram uma simulação 3D de alta resolução do momento em que o astro se forma. A animação publicada pelo grupo é a mais realista já feita até hoje, de acordo com a própria equipe, e mostra detalhes valiosos sobre como as estrelas se formam no universo.

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Para realizar a experiência, os pesquisadores usaram a estrutura computacional chamada Starforge, ou Star Formation in Gaseous Environments (Formação de estrelas em ambientes gasosos). A Starforge simula uma nuvem de gás com 100 vezes a massa de qualquer outra feita antes. Ela também inclui outros detalhes, como escape de energia dos polos da estrela ou atividade de supernova e radiação.

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Confira o vídeo com a primeira simulação:

“As pessoas vêm simulando a formação de estrelas há algumas décadas, mas Starforge é um salto quântico na tecnologia”, afirmou o astrofísico Claude-André Faucher-Giguère, autor sênior do artigo aceito pela revista Monthly Notices, da Sociedade Real Astronômica.

Quando as estrelas estão se formando, os jatos estelares são fontes maciças de gás que escapam. Eles acabam sendo, também, determinantes na massa final da estrela em questão. “Esta nova simulação nos ajudará a abordar diretamente questões fundamentais que não podíamos responder definitivamente antes”, emendou Faucher-Giguère.

Detalhes da simulação. Imagem: Reprodução

A formação de estrelas é um processo complicado de seguir, já que pode levar milhões de anos e, por vezes, fica oculto. Tudo o que os cientistas geralmente enxergam são as “maternidades” dos astros congelados no tempo. “As estrelas também se formam em nuvens de poeira, por isso estão quase sempre escondidas”, explicou Michael Grudić, co-autor do artigo.

Com as imagens da Starforge, os astrônomos já conseguem ter resultados tangíveis, como o papel dos jatos estelares no processo de criação de estrelas. Eles interrompem o fluxo de gás em direção à estrela, afastando o que faria com que a estrela aumentasse a massa.

Antes da simulação, tudo era suspeita. “Se pudermos entender a formação de estrelas, então poderemos entender a formação de galáxias. E ao compreender a formação da galáxia, podemos entender mais sobre do que o universo é feito. Compreender de onde viemos e como estamos situados no universo depende, em última análise, de compreender a origem das estrelas”, concluiu Grudić.

Via: Futurism

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