Missão comercial Twinkle será lançada em 2024

O satélite Twinkle será a primeira espaçonave astronômica comercial do mundo. Ele vai observar exoplanetas a partir de 2024
Por Karoline Albuquerque, editado por Rafael Rigues 04/06/2021 17h27, atualizada em 07/06/2021 10h01
missão twinkle
Imagem: Blue Skies Space/Divulgação
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Como um diamante no céu, a missão Twinkle vai cintilar no espaço como o primeiro satélite astronômico comercial do mundo. Ela deverá ser lançada em 2024, após garantir o financiamento para a construção do satélite no ano de 2022. A missão é desejada por pesquisadores de exoplanetas.

A missão é planejada pela empresa Blue Skies Space, idealizada por Marcell Tessenyi após sentir dificuldades na pesquisa usando satélites atuais durante o pós-doutorado em astronomia, em 2014. O Twinkle tem o apoio de mais de uma dezena de universidades pelo mundo e recebeu financiamento da Agência Espacial Europeia (ESA).

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O satélite será construído pela Airbus, pesará 350 quilos e terá meio metro de comprimento, com um custo de 10% de uma missão média das agências espaciais. O Twinkle terá capacidade de fazer medições espectroscópicas de exoplanetas, com precisão similar a do gigante Hubble, orbitando a cerca de 700 quilômetros de altitude.

“Quando olha para alvos distantes, o Hubble pode fazer medições espectroscópicas, que dividem a luz em cores diferentes. Isso nos diz algo sobre os diferentes tipos de compostos químicos na atmosfera dos exoplanetas. Mas o Hubble só pode fazer isso por uma faixa limitada de comprimentos de onda, então sempre há incerteza”, explicou Tessenyi.

Desenho de exemplos de exoplanetas a serem observados pela missão Twinkle
O foco do Twinkle é observar exoplanetas. Imagem: Blue Skies Space/Divulgação

Com o Twinkle, o pós-doutor, que é também CEO da Blue Skies Space, afirma que as universidades poderão comprar acesso ao satélite e receber os dados. O objetivo da companha é recuperar o custo do equipamento.

“E, se tivermos sucesso, usar os recursos da venda de dados do satélite para começar a cofinanciar a segunda geração de um satélite, com o objetivo de entregar uma série de satélites a longo prazo”, completou Marcell Tessenyi.

Após o Twinkle, a Blue Skies Space planeja realizar outras missões. “Vemos cientistas de outras áreas, como a ciência do sistema solar, interessados ​​nas capacidades de nossa missão. Eles estão interessados ​​em se juntar ao projeto e nos ajudar a moldar a missão”, disse Richard Archer, responsável pelo desenvolvimento de parcerias da empresa, em entrevista ao site Space.

Via: Space

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Karoline Albuquerque é redator(a) no Olhar Digital

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Rafael Rigues é redator(a) no Olhar Digital