Na última sexta-feira (11), a China lançou quatro novos satélites em órbita, incluindo um satélite comercial para rastrear asteroides próximos à Terra. Essa foi a 17ª missão orbital da China neste ano.

Um foguete de Longa Marcha 2D decolou do Centro de Lançamento de Satélites de Taiyuan, no norte do país, às 11h03 da manhã (00h03 no horário de Brasília). Estava a bordo do foguete a espaçonave Yang Wang-1, da Origin Space, empresa chinesa de recursos espaciais. 

Foguete 2D Longa Marcha, com quatro satélites no topo, na plataforma do Centro de Lançamento de Satélites de Taiyuan, na China, antes de seu lançamento. Imagem: China Aerospace Science and Technology Corporation (CASC)

A empresa descreve o pequeno satélite como o primeiro telescópio espacial óptico da China. Ele tem um amplo campo de visão e coleta luz visível e ultravioleta para detectar asteroides próximos à Terra.

De acordo com o site Space.com, a Origin Space planeja usar a Yang Wang-1 para desenvolver um “mapa do tesouro”, para identificar recursos espaciais em potencial. 

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Em abril, a empresa lançou o NEO-1, um satélite projetado para liberar e coletar um alvo para simular a captura de pequenos pedaços de asteroides. Agora, eles planejam uma missão lunar chamada NEO-2.

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Satélites de sensoriamento remoto serão usados por Universidades chinesas

Os outros três satélites enviados pelo país ao espaço são todos de sensoriamento remoto. Eles são chamados de Beijing-3, Hisea-2 e TKSY01-TJ.

Beijing-3 será conduzido pela Twenty First Century Aerospace Technology Co., Ltd (21AT), uma empresa espacial comercial. De acordo com um relatório divulgado pela mídia estatal chinesa, ele será usado, principalmente, para fornecer dados para pesquisas de recursos, monitoramento do ambiente ecológico, gestão urbana e prevenção e redução de desastres. Esse satélite foi criado por uma subsidiária da China Academy of Space Technology (CAST), o principal braço de fabricação de satélites da China Aerospace Science and Technology Corporation (CASC), principal empreiteira espacial estatal do país.

Hisea-2 é um satélite para observações do ambiente ecológico marinho da Universidade de Xiamen, que foi desenvolvido pela DFH Satellite Co., Ltd, uma subsidiária da CAST sediada em Pequim. Seu antecessor, o Hisea-1, foi um satélite de sensoriamento remoto lançado no primeiro foguete Longa Marcha 8, em dezembro de 2020.

Por fim, TKSY01-TJ é um satélite da Universidade de Engenharia Espacial, instituição ligada à Força de Apoio Estratégico do Exército de Libertação do Povo (PLASSF), o análogo da China à Força Espacial dos Estados Unidos. Segundo a agência estatal Xinhua, o TKSY01-TJ será usado por universidades para ensino e treinamento em serviços em órbita. 

Todos os quatro satélites foram enviados para órbitas que passam perto dos pólos com uma altitude média de 308 milhas (495 quilômetros), de acordo com dados de rastreamento espacial dos EUA. 

O país planeja enviar três astronautas ao módulo da estação espacial Tianhe na espaçonave Shenzhou-12 nesta quarta-feira (16), segundo constam avisos de fechamento do espaço aéreo.

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